terça-feira, 31 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Caminhada

Talvez o exercício físico que eu mais gosto de fazer seja caminhar, sozinha ou acompanhada, a sós com meus pensamentos ou ouvindo música. Gosto de caminhar com passos grandes e rápidos, geralmente na hora em que o sol está se preparando para se pôr. E muito mais que benéficas fisicamente, essas caminhadas são terapêuticas. Dá pra refletir sobre tudo que está acontecendo, dá até para rezar, enquanto caminho. Dá para absorver tudo o que está ao meu redor. A bebê recém-nascida em seu primeiro passeio na calçadinha; os pedreiros da obra, felizes, deixando para trás mais um dia de trabalho. O cachorrinho que se estranha com o cachorro grande, o casal de namorados que passou antes na padaria e que divide literalmente sonhos. As duas amigas que conversam sem parar, o menino que joga sozinho futebol na areia. Os amigos que não sabem jogar frescobol direito; o casal de velhinhos, que passam muito tempo sentados um ao lado do outro, contemplando a vista. O atleta que corre ao lado do seu treinador, uma ou outra pessoa conhecida que nos cumprimenta. As crianças que correm soltas na praia, molhando os pés no mar; o velho que passa num pique de fazer inveja a qualquer um. O homem de cabeça baixa, que mexe no celular e de vez em quando, levanta os olhos em direção ao mar; a avó que fica observando a neta ir e vir de bicicleta. Os pássaros que se reúnem nas árvores, o grupo de pessoas que se aglomera para ver, possivelmente, um ovo de tartaruga-marinha. O sol que finalmente se põe e faz um efeito luminoso lindo na água do mar... Todas essas imagens se misturam na minha cabeça geralmente com algum verso de Drummond ou com alguma música da variada seleção do IPod de Clarinha, que eu pego emprestado, e forma um filme lindo. Filmes que niguém mais vai ver. E cada dia de caminhada, é um filme diferente, é um novo dia, e o importante é nunca deixar de caminhar, é sempre se incentivar a ir um pouco mais além...nesta longa e linda estrada da vida.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Bananeiras

Neste final de semana, fomos novamente à Bananeiras. Desta vez para uma ocasião especial : festejar os 65 anos do meu pai e inaugurar sua casa recém-construída no condomínio. A casa ficou linda, confortável e aconchegante, fora isso tivemos o prazer de desfrutar da companhia de painho, de acordar ao som de música clássica e de Tom Jobim, de escutar suas histórias... E para completar, comemos muita coisa gostosa preparada por Deinha, a cozinheira dos sonhos de qualquer um, que mora lá em Bananeiras mesmo. Tudo que ela faz é uma verdadeira delícia, principalmente a peteca de banana, a melhor de todas !!!

A casa vista lá de baixo da encosta, os meninos ensinando as regras do pôquer
para Crispim; a hora dos parabéns e a sala de jantar.

Os meninos, como sempre, aproveitaram demais e fizeram o pacote completo - jogo de tênis, trilha, piscina, pedalinho, charrete e parquinho!! Ainda inventaram um jogo de pôquer que virou vício, iam dormir muito tarde jogando. Sem dúvida, um final de semana maravilhoso, em contato com a natureza, daqueles que recarregam a alma ( mas não o corpo, porque o tanto que a gente caminhou, subiu e desceu ladeira, não foi brincadeira rsrs!!).

Pedro jogando tênis, João brincando perto da "floresta"; o córrego que deságua na bica
e as baias dos cavalos.



Na volta, vinha conversando com Crispim sobre o quanto eu me sinto bem no interior, como eu gosto das paisagens, das pessoas, da simplicidade, da maneira com que vêem a vida! Quando íamos chegando em Pirpirituba, encontramos o trânsito parado, porque uma carreta havia tombado e obstruído totalmente a estrada.
 Os moradores nos indicaram um caminho alternativo, e o percurso foi muito engraçado, encontramos pelo caminho muitas figuras que ilustraram bem tudo o que estava dizendo pra Crispim, fiquei arrependida de não ter filmado a conversa com um velho que nos deu informações, inesquecível rsrsrs!! Depois de um desvio de uns 40 km, doze deles em uma estrada de barro, voltamos à estrada em que estávamos e seguimos para casa.

No fim, a vista compensou, fica a dica, a estrada de Borborema para Pilões é  de terra e
cheia de buracos, mas é linda rsrsrs!!!




sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Espetacular Homem-Aranha




Ontem fomos assistir ao novo filme do Homem-Aranha, sinceramente não esperava muita coisa, afinal o que ainda teria de novo em uma história já imortalizada em uma trilogia de tanto sucesso no cinema?! Fui com Crispim, Pedro e Clara, e todos nós adoramos o filme! 

Ele conta a história em detalhes, desde os pais de Peter, que nunca eram mencionados, a caracterização do personagem, até a percepção da sua heróica missão.  Mary Jane não aparece nesse filme, pois de acordo com Pedro, super fã e conhecedor do Homem-Aranha, esse filme é o mais fiel à história original. O primeiro relacionamento de Peter foi com a secretária do jornal, depois ele namora aquela que seria o grande amor da sua vida, Gwen ( justamente a que aparece no filme) e só depois que ela morre, é que ele conhece e decide viver com Mary Jane. Inclusive, eu não sabia disto, mas quando o primeiro filme foi lançado, milhares de fãs se indignaram com o fato de terem colocado Mary Jane como a amada de Peter!! 





O casal de atores que fizeram esse filme, Andrew Garfield e Emma Stone, estão ótimos nos papéis de Peter e Gwen, inclusive começaram a namorar durante as filmagens e estão juntos até agora. 


Como não podia ser diferente, o filme traz inúmeros efeitos especiais e cenas de ação maravilhosas. Assistimos em 3D, certamente deve ter sido ainda mais emocionante por conta disso. A classificação indicativa é a partir dos 10 anos, por isso resolvemos não levar João. Ele teria amado, com toda certeza, mas realmente tem algumas cenas fortes e violentas demais para a idade dele. Lembrei, quando levamos Pedro para assistir ao lançamento do primeiro filme, ele tinha 5 anos de idade e saiu do cinema completamente surtado rsrs. Olhando para cima e para baixo, se jogando nas paredes, soltando teias imaginárias sem parar... É muito legal passar por tudo isso mais uma vez com João, desde a semana passada , ele está nessa fase aracnídea! 







quinta-feira, 12 de julho de 2012

Histórias no salão de beleza - parte I

Chego no salão ontem à tarde para fazer as unhas. A atendente pergunta: - Pé e mão? Respondo que sim , e ela me pede para escolher com qual manicure quero fazer e me aponta as duas que estavam livres no momento. Uma delas, eu já conhecia e sabia que ela tinha mania de falar o tempo todo para relaxar as minhas mãos, que eu era muito tensa e tal. A outra, nunca tinha visto por lá, achei que era novata e decidi fazer com ela.

 Ela foi logo dizendo que era a primeira semana de trabalho naquele salão, eu sorri, mostrando simpatia, mas querendo dizer "tudo bem, eu sou legal, só que hoje não quero conversar, prefiro assistir à Chocolate com Pimenta na TV."

 Ela , vendo meu interesse pela novela, disse: - Minha filha também adora essa novela e toda vez que acaba, ela fica com vontade de comer chocolate. Mas eu digo pra ela não exagerar no doce. Ela não é gordinha, é cheinha, sabe?! E ela quer ser baliza na escola, no 7 de setembro; na verdade, ela vai ser uma das balizas. Mas a gente não pode pegar muito no pé dela não, porque teve uma vez que ela quis passar dois dias sem comer nada. Aí eu falei que não pode, né?! Que não pode comer besteira, mas tem que se alimentar.

 Eu continuo sorrindo e concordando com a cabeça, e ela desanda a falar na tal menina. Até que eu me rendo e puxo conversa também:

 - Ela tem quantos anos?
 - Doze.
 - Só tem ela de filha?
 - Só, aliás tenho um casal, eles são mais velhos, é que não foram criados por mim, mas com a avó. Mas hoje cada um já tem a sua casa. Eles são muito diferentes, a pequena é estudiosa, os outros dois não quiseram saber de estudar. Acho que a criação faz diferença, né?!
- Acho que é mais da pessoa mesmo, porque na mesma casa, às vezes tem filhos que não gostam de estudar e outros que gostam.
- É mesmo. O que não dá certo é filho criado com avó...

   E depois disso, ela se calou, e eu fiquei com a pergunta querendo sair, querendo saber como foi aquela história, por que ela não criara seus filhos. Mas por educação, não perguntei mais nada. Fiquei ali só olhando para ela fazendo cuidadosa e lentamente as minhas unhas, não sei se por precaução no emprego novo ou por perfeccionismo. Demorou horrores, e eu pensando na história dela, pensando que tinha perdido justo a parte mais interessante. Tentando arranjar na minha cabeça alguma pergunta capciosa, aquele gatilho que os psicólogos e psicanalistas usam para nos fazer falar sem sentir. Mas eu não era nem uma coisa nem outra, era só uma pessoa cuja curiosidade tinha sido despertada.

 Depois de muito tempo, ela finalmente acabou. Quando já estava começando a calçar as minhas sandálias, ela pede pra fazer uma massagem nos meus pés antes, assim, ela se redimiu completamente, e eu fui embora satisfeita.

sábado, 7 de julho de 2012

Ainda não havia comentado o ultimo post de Nivea, mas eu o li e adorei, concordei com seu teor "sem tirar nem por". Estava andando pela net (e pelos blogs de moda, naturalmente) quando encontrei este texto que transcrevo abaixo, o qual parece complementar o post de Biba.
Muito mais do que ser "it girl" e vestir-se "na moda" (= igual a milhares de outras), o que importa é ter seu próprio estilo, não fugir de sua personalidade, é virar-se com o que tem e dentro de suas possibilidades e, ainda assim, brilhar.
Extraído so site Estilo C (http://celinoneto.jornaldaparaiba.com.br/list-estilo-c/), esse é o texto a que me refiro:

It de Verdade



"Todos nós sabemos que não é certo copiar na cara de pau publicações de outros sites/blogs, mas me perdoem, não poderia deixar de compartilhar o texto INCRÍVEL escrito por Jana Rosa [ex blogueira e agora apresentadora da MTV] para o blog Petiscos, de Julia Petit [musa absoluta no mundo dos blogs].



Jana, muitas vezes ‘apedrejada’ por não ter papas na língua, escreve sobre o mundo das ‘não it girls’, ou como ela mesmo denominou - ‘normal girls’. Não é preciso ser leitoa assídua de blogs de moda para conhecer o termo ‘it girls’.. Criado para intitular meninas ‘interessantes’, ele perdeu completamente o significado ‘real’ à medida que - originalidade, personalidade e inspiração - perderam o lugar para conta bancária, bolsas grifadas e uniformização.



Bem, leiam o texto de Jana e tirem suas próprias conclusões:



"Num mundo cheio de it girls, existem as “normal girls”. Ainda são raras, mas já podem ser encontradas nas principais capitais, sempre misturadas com outras normal girls, andam em grupos e ainda não viraram tão mainstream a ponto de você reconhecer uma de longe.



São pessoas normais, o que é anormal. Dormem de maquiagem quando estão cansadas e só vão à farmácia para comprar remédio, ou xampu, quando o seu xampu baratinho acaba. Nunca fazem as unhas porque esquecem ou porque estavam sem tempo.



Parece que usam mais metrô do que taxi e que marcam encontros com as amigas em qualquer restaurante barato, onde tentam gastar pouco para ter mais dinheiro para o fim de semana. Também porque estão juntando dinheiro para viajar na virada do ano ou pra sair do aluguel.



Seus celulares são Android e ouviram falar em Instagram, mas não viram uma função pra ele. Quando vão para baladas tiram fotos com suas câmeras digitais e enfrentam filas para entrar, pagam o preço normal, ficam felizes se ganham um drink grátis e não conhecem muito bem as músicas que o DJ toca. Ser DJ para elas é uma profissão muito complexa, que admiram muito e jamais tentariam.

Comem carboidrato a noite e almoçam no Burger King quando querem. H&M para elas é uma loja barata, bem divertida, e nunca ouviram falar em Sephora ou BB Cream. Gostam de ficar bonitas, mas não fazem ideia que o rosa está na moda. Quando entram na Zara e veêm vestidos estampados dão risada com um pouco de vergonha alheia e nunca leram a Vogue Paris.



Só fazem babyliss no salão quando tem um casamento para ir. Mas aí se arrependem porque acham que ficaram com cara de tia avó. Normal girls acham casamento meio cafona, mas adoram quando suas conhecidas casam pra poder ir na festa de graça e ver os amigos do noivo de terno. Nunca pensaram se vão casar um dia, primeiro elas gostariam de arrumar um emprego melhor, com carteira assinada.



Normal girls saem sem corretivo na rua, compram bolsa pela praticidade do que vai caber dentro, sempre usaram tênis porque não machuca o pé, não fazem ideia de quem seja Isabel Marant. Nunca ouviram falar em Freja Beha, mas acham a Gisele bonita, apesar de achar que ela ainda namora o Leo di Caprio.

Elas tem 148 seguidores no twitter e experimentaram batom vermelho uma vez, semana passada pra ser mais precisa.



Acham maxicolares engraçados, mas não sabem que eles chamam maxicolares e nunca pendurariam aquilo, daquele tamanho, no pescoço. Jamais gastariam mais de R$ 20 em um brinco, porque sabem que no próximo fim de semana podem esquecer uma argola dourada na casa de um menino que conheceram numa pista de hip hop.



Os olhos das normal girls brilham quando se fala em it girls, suspiram, pensam na Blake Lively, na fulaninha do momento, aquela que fez um filme que não lembram agora o nome, mas viram em uma revista. O sonho das normal girls é ser uma it girl. Porque as normal girls são sempre únicas, se acostumaram com seus cabelos, compram as roupas pelo seu gosto e nunca percebem o quão legais são, então sonham em ser iguais a todo mundo, mais uma it girl com a pele cintilante saída da forma fake luxuosa.



Mas logo depois que pensam nisso, acabam se distraindo, se preocupam com o futuro, marcam encontros na saída do metrô, estudam para orgulhar seus pais… e então a vida segue para as normal girls, luxo pra elas é voltar pra casa de taxi depois da meia noite."



E pra mim - Ceicinha - It girl ainda é sim um termo forte que pode caracterizar diversas meninas! Porque não adianta bolsa Chanel e sapato Louboutin se não há conteúdo, educação, simplicidade, PERSONALIDADE! Vestir-se bem usando grifes é muito fácil, difícil é se virar com o cartão da Marisa, difícil é não deixar o estilo mesmo pegando 2 ônibus para chegar à universidade, difícil é chegar em casa, depois de um dia duro de trabalho, e ainda ter ânimo pra ajudar os filhos com o dever de casa, difícil é ter que ralar o ano inteiro pra comprar aquele sapato desejo e, ainda assim, preferir aquela sapatilha velha de guerra, afinal com ela dá pra dançar muito mais... Ser 'it girl' vai muito mais além do que um closet recheado.. It girls são meninas de VERDADE que, mesmo não desfilando por ai uma Chanel 2.55, arranca suspiro e desvia olhares, porque estilo e personalidade não estão impressos no logo de nenhuma grife. "