quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Intocáveis.




Sábado passado, fui com Tiago ao cinema do MAG, para a pré-estreia do filme “Intocáveis” (“Intouchables”, já que é uma produção francesa), ainda não lançado oficialmente no Brasil. O filme superou todas as expectativas de bilheteria na França, um total sucesso. Como infelizmente não estou muito antenada com as produções cinematográficas “do momento”, tampouco com críticas, vi por indicação de uma tia muito sensível e querida, que me passou o trailler. De cara, me apaixonei com a história: um personagem segregado e com uma vida completamente mal resolvida, por um acaso do destino, passa a cuidar de um riquíssimo tetraplérgico. Encantado, a princípio, pelo conforto do seu novo endereço, o personagem (arrebatador, divertido, corajoso, destemido, espontâneo, autêntico, livre e, naturalmente, conquistador) muda, por completo, a vida daquele que passa a cuidar não como um patrão, mas como amigo. Uma troca fabulosa ocorre na vida dos dois e as diferenças sociais rendem muitas (e deliciosas) risadas. Uma relação eterna. Desses filmes que a gente não quer que acabe nunca, por nos ensinar, em menos de duas horas, o sentido da necessidade do que é intocável e de Deus: a doação, o amor e a liberdade. Também nos ensina a sermos destemidos com o “acaso” que, não por acaso, atravessa de repente as nossas vidas. Não percam.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Convocação

Gente, onde estão os colaboradores deste blog?!!! O que andam fazendo?!! Nosso blog deu uma parada geral, falando sério, isso aqui está mais desanimado que o nutricionista do André Marques rsrsrs!!!!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Quem precisa ir ao analista, se tem um blog rsrs?!!!

Ontem assisti a um filme chamado "Não Sei Como Ela Consegue", sobre a rotina de uma mulher casada, mãe de dois filhos e que tem um emprego exaustivo em uma empresa de fundos de investimentos. O filme é uma comédia, mas tenho certeza que a maioria das mulheres que o assistem pensam que está mais para drama, porque leva inevitavelmente à reflexão e à identificação com alguma situação cotidiana nossa. Ele enfoca a desvantagem que a maternidade implica na vida profissional da mulher, comparando com os homens. Questiona por que o tempo não pode ser melhor dividido entre pais e mães, por que sempre são as mães que tem que arcar com a dupla jornada. ( No filme, a amiga da protagonista diz que se um homem tem que sair no meio do expediente por causa dos filhos, ele é visto como abnegado, pai esforçado e digno de admiração, mas se é a mulher que tem que sair, ela é tida como desorganizada , sem comprometimento com o trabalho ou até mesmo irresponsável). Mostra também uma certa tensão entre os dois tipos principais de mães, as que trabalham fora e as que ficam em casa com os filhos. Uma competição velada para ver quem está levando a melhor.

 Eu já estive nos dois lados, e acho que há vitórias e derrotas para ambos. Aliás, parafraseando um amigo nosso: no jogo da vida, vence quem se diverte mais, ou seja, na minha interpretação, a pessoa que consegue ser mais feliz e fazer todos à sua volta mais felizes! Já fui a mãe que não teve tempo de ler na agenda que era dia de levar um pratinho de pães de queijo para o lanche coletivo, aquela que chegava atrasada na apresentação do dia das mães e via o filho procurá-la incansavelmente com o olhar por todo o auditório, já fui a mãe que saía correndo como uma louca no trânsito, muitos minutos depois do horário de saída da escola, mas também fui a que fez com esmero a maquete do quarteirão do colégio, aquela para quem as outras mães ligaram perguntando onde poderiam encontrar a fantasia de índio, a que dá carona para vários amigos de seus filhos, a que organiza as tardes de estudo e as reuniões para fazer os trabalhos.

 Já quis me convencer que não é a quantidade do tempo, e sim a qualidade que importa. Já disse para mim mesma que a responsabilidade de ser mãe nos obriga a fazer escolhas e que "ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades". 

Como não podia ser diferente, volto agora ao velho tema, já abordado em tantos posts por aqui, assunto de tantas matérias, debates e análises por aí afora: a velha e boa culpa. Perguntei a mim mesma onde estava ela durante esses meus quinze anos sendo mãe. Percebi que nos primeiros anos de vida de Pedro, eu não conhecia a tal da culpa. Quando ele nasceu, tinha acabado de passar no vestibular, fiz a matrícula na universidade e posterguei o início do meu curso por seis meses, para poder ficar com ele nesse período. Depois que comecei a estudar, foi uma correria, na maior parte do tempo, tinha aula o dia inteiro. Chegava em casa a tempo de vê-lo um pouco , antes dele dormir. Tive que delegar seus cuidados a uma babá ( e foram muitas, uma rotatividade intensa!!); com minha mãe, só contava nos finais de semana, porque ela ainda trabalhava dois turnos naquela época. Não sentia culpa por que não havia outro jeito, por que não tinha tempo para isso, nem maturidade.

Só depois, pouco tempo antes de Clara nascer, é que comecei a conhecer a culpa. A rotina com dois ficou muito mais apertada, ainda mais com todas as complicações de saúde que ela teve, final de curso na universidade, monografia, consultório, pacientes de manhã até à noite... Acho que a culpa aparece quando temos possibilidade de escolha, quando sabemos que podemos fazer algo diferente, quando começamos a nos perguntar se não podemos diminuir nossa carga de trabalho ou se tudo o que requer nosso tempo é realmente imprescindível. Quando começamos a nos ressentir por estar perdendo a melhor parte de tudo isso, que é estar junto deles. A culpa definitivamente aparece quando nos damos contas de que sempre existirão processos, pacientes, clientes, projetos e boas oportunidades de negócios, mas que nossos filhos só serão crianças uma vez na vida.

Com João, eu quis ( e pude) fazer diferente, talvez a certeza de que ele seria meu último filho tenha sido um fator decisivo para decidir radicalmente deixar de trabalhar e ficar em casa. Por ser a minha última oportunidade de fazer diferente, por pensar, enfim, ter encontrado uma forma de expiar toda a culpa acumulada...sei lá, Freud explica! Tenho consciência de que foi uma escolha pensada sobretudo na minha felicidade, muito mais na minha realização do que no seu bem-estar. Se eu acho que o fato de ter me dedicado a João muito mais que aos outros vai fazer dele um adulto mais seguro, mais bem-resolvido? Com certeza não! Ele será exatamente como os outros dois ( resguardando as particularidades de suas personalidades ), no máximo, será bem mais mimado! Mas aí voltamos ao x da questão, apesar de toda a discriminação (incrivelmente inversa nesses tempos modernos), eu me sinto mais feliz, sinto que estou no lugar certo, fazendo a coisa certa. De mãos dadas com a culpa por tantos outros motivos, mas sinceramente feliz! 


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Adoro!! (parte 2)

Adoro segundas-feiras, tirando a parte da preguiça, por causa de tudo o que a semana pode vir a ser. Adoro tomar um café da manhã saudável, que me faça esquecer tudo que comi em excesso no final de semana. Adoro sentir vontade de escrever e ter tempo para fazê-lo. Adoro a sensação de não sentir saudade das pessoas amadas que estão longe do tanto que as carrego no coração!! Adoro a luz e o sol, a piscina limpa, a cama arrumada com os lençóis recém-trocados. Adoro filho que melhora da gripe e barulho de cozinha - de pratos, talheres e panelas sendo usados. Adoro assistir a desenhos animados e  o fato de que eles realmente me divertem. Adoro rezar , sentir paz, estar em paz. Adoro encontrar uma caixa de entrada com alguns e-mails que valham a pena ser lidos. Adoro doce caseiro, costelinha de porco e cuscuz com leite de côco. Adoro lembrar de compromissos sem precisar anotá-los, de cumprir metas e estabelecer prazos para mim mesma. Adoro ler, escutar e aprender. Adoro o livro achado no canto da estante, o guarda-roupa para arrumar. Os filhos para levar e buscar. Adoro a vida e tudo o que nos está reservado para viver...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Conversas de João

Na saída da escola, ele pede para ir ao banheiro. Depois que faz xixi, vai logo saindo, e eu digo:
- Você está esquecendo duas coisas, João!
- Ah, tá! Dar a descarga, fechar a tampa e lavar as mãos.
- Muito bem, filho, não eram duas coisas, eram três.
Ele faz tudo o que tinha esquecido e diz:
- Hoje eu comi areia no parque, mas lavei as mãos, tá, mãe?!
- João, não adianta lavar as mãos depois de comer areia, porque a areia foi para dentro da barriga e ficou cheio de micróbios lá. Sabe o que vai acontecer?
- Vou ficar poderoso.
- Não, João, vai ficar doente, vai ter que tomar remédio.
-  Mãe!! Os micróbios dão poderes, olha aqui os meus raios congelantes, ó!!! ( Mostrando os punhos)
- Dão nada, João!
- Se comer areia, tu fica melhor, mãe, mas se lembra de lavar as mãos, entende?!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Novo canal infantil de TV por assinatura


Descobri (ou melhor, João descobriu! ) nesse final de semana um novo canal  infantil, o Gloob, já ouviram falar?! Pertence à Globosat, tem programação durante o dia inteiro e quer concorrer diretamente com o Discovery Kids. As principais operadoras já estão disponibilizando seu sinal (na SKY , é o canal HD 87-1), desde o dia 15 de junho, que coincidiu com o fim da TV Globinho, que era a única opção para crianças na Globo. A tendência é que o conteúdo infantil fique restrito à TV paga. Por enquanto, 80% da programação é de desenhos estrangeiros, a maioria deles, desconhecidos, mas João, pelo visto, tem gostado! A programação noturna é retrô, com desenhos como Smurfs, Popeye, She-Ha, He-Man e O Sítio do Picapau Amarelo, achei bem legal !!