sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Jose Simão - ' refresco ' de fim de semana
Ueba! O verão do semiaberto!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E adorei o chargista Dálcio: com o Felipão na seleção, o Fuleco vai virar Segundeco! Rarará! E adorei a foto com a legenda "O futuro da Seleção: Marin, Felipão e Parreira"! É O NOVO! O Trio Ditadura! Deviam tá jogando tranca, dominó e bocha!
E o Marin escolhendo o Felipão parece aquele que casou com a miss Brasil 1975 e achou que tava arrasando. Rarará! Os Reis da Retranca. Os rei tranqueiros! Já sei como vai ser: a seleção vai jogar com dez atrás e um recuado. Gol é palavrão! Quem quiser bola na rede que vá assistir basquete.
E a seleção não precisa de técnico, precisa de parteira: cada partida, um parto! E a manchete do Piauí Herald: "Rosemary leiloa honestidade!". Diz que tá intocada, nunca usou! E adoro os nomes das operações da Polícia Federal! Tipo Operação Porto Seguro. "Operação Porto Seguro! Flagraram a Rosemary na Passarela do Álcool." Rarará!
E o mensalão?! Saldo do mensalão: 13 fechados e 12 semiabertos! Vai ser o verão do semiaberto. Supremo dita que este vai ser o verão do semiaberto. De dia pega uma praia e de noite vê o sol nascer quadrado. "Vou pegar uma praia." "E eu vou pegar um semiaberto."
E o Jefferson com aquela cara de carcereiro de delegacia? Pegou sete anos semiaberto! Quando os tiozinhos tavam calculando a pena do Jefferson, uma amiga disse: "Só isso? Quebrou a calculadora?". Quebrou com o Zé Dirceu! Rarará!
E o Jefferson: "Não sou santo, mas não sou corrupto". Então devolve os R$ 4 milhões que você pegou do Dirceu! Rarará!
E o mensalão tá acabando! Será que os tiozinhos vão ter síndrome de abstinência? Vão acordar no meio da noite suando frio: "Cadê a minha capa preta? Eu quero a Globo News!". Já imaginou aquele monte de capa preta no varal?
Agora vamos pro mensalão dos tucanos. Do Partido das Socialites do Brasil! Como diz um amigo meu: "depois da petralhada, a tucanalha". Queremos o mensalão tucano. Não tem virgem na zona! É mole? É mole, mas sobe!
Socorro! Pegou fogo na sede do Flamengo! Incêndio no Mengão! Do jeito que o clube bebe, é só riscar um fósforo! Rarará! Ou seja, o Flamengo vai ficar mais queimado do que já tá! E diz que a Patricia Amorim vai posar nua pra pagar os estragos! Se ela fizer isso vai endividar a revista também! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Marcadores:
autoria de terceiros
Ruy Castro - De Nelson e de Millor
RIO DE JANEIRO - Nelson Rodrigues deixou centenas de frases definitivas, você sabe. Mas Nelson morreu em 1980, e o mundo seguiu sem ele. Daí que, diante de algum novo escândalo nacional, sempre me perguntam o que ele diria se ainda estivesse por aqui. Respondo que esse é um tipo de suposição em que ninguém me pega -tentar adivinhar o pensamento de Nelson Rodrigues. Mas a política é dinâmica e, de repente, talvez até algumas frases de Nelson tenham de ser revistas. Sobre Brasília, por exemplo -não a cidade, mas o poder-, ideal para o planejamento e prática de atos ao largo da nação. Em 1969, Nelson afirmou que lá "todos são inocentes e todos são cúmplices" -frase que, com a ressalva de um ou outro breve intervalo de decência, atravessou décadas e chegou até nós. Pois pode deixar de se aplicar, agora que o processo do mensalão abriu a tampa do vaso e expôs os "malfeitos" que uma rede de cúmplices produziu e deixou para trás. Já outra antiga imagem de Nelson, adaptada ao noticiário recente, tornou-se materialmente visível: a de que a corrupção no Brasil "pinga do teto e escorre pelas paredes". Só assim Rosemary Noronha, simples secretária de certo órgão, poderia nomear pessoas para cargos tão acima de sua posição na hierarquia. O único a não se espantar com isso talvez fosse Nelson. Para ele, não havia pessoa insignificante: "O mais humilde mata-mosquito pode se julgar um Napoleão, um César, e agir de acordo". Como tinha costas quentes, Rosemary convenceu-se de que era a Cleópatra de si mesma. E, ao ouvir os protestos vociferados de ex-grandes nomes da política contra suas condenações, alegando uma inocência de vestais, vem-me a imagem de Millôr Fernandes: "o rabo escondido, com o gato de fora". Muito boa mesmo, exceto por não fazer jus à inteligência e à integridade dos gatos
Marcadores:
autoria de terceiros
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Pasquale Cipro Neto
Batalha sem fim
Tenho um arquivo de bobagens perpetradas pelos meios de comunicação. O assunto interessa aos leitores e frequentemente é abordado nos principais vestibulares do país. Tenho alguns "colaboradores" nessa tarefa (leitores e colegas que me mandam pérolas e pérolas).
Compreendo perfeitamente as razões que levam redatores a escorregar na construção de frases, principalmente quando o assunto é o título, seja no jornal de papel, seja na internet. A pressa, nos dois meios, e a vontade de dar a notícia em primeira mão, no caso dos sites, põem em segundo plano a língua, a clareza etc. Mas, cá entre nós, nada justifica a permanência (nos sites) de bobagens durante horas e horas, às vezes o dia todo. Será que ninguém relê? Ou será que relê, mas não percebe?
Veja esta maravilha, colhida há dez dias: "Torcida do Flu celebra por 10 min com elenco em festa com brigas". Que diabo é isso? O que significa esse enigma? Aos fatos: finda a rodada de 11 de novembro, o Fluminense tornou-se campeão brasileiro de 2012. Terminado o jogo contra o Palmeiras, a delegação tricolor foi de Presidente Prudente (SP) para o Rio de Janeiro em voo fretado. Ao aterrar no Rio de Janeiro, o avião apresentou problemas, e o piloto precisou arremeter algumas vezes.
O fato é que a delegação chegou atrasadíssima às Laranjeiras, onde uma impaciente torcida esperava os ídolos. Essa espera "irritou" alguns "torcedores", que passaram a fazer o diabo na sede do Flu. Os jogadores chegaram, ficaram míseros 10 min com a torcida e deram no pé.
O que acabo de relatar foi "resumido" pelo ininteligível título já transcrito. Pergunto a você, caro leitor, como já fez a Unicamp em seu vestibular: o título condiz com a "matéria"? O título traduz a matéria? É claro que não. O que o título faz é exigir do leitor um contorcionismo inútil. Inútil porque é simplesmente impossível adivinhar o que a frase significa.
Talvez uma simples alteração (para variar) na ordem dos termos que constituem a frase baste para "clarear" as coisas. Vejamos esta opção: "Em festa com brigas, torcida do Flu celebra com elenco por 10 min". Que tal? Parece que melhorou, mas pode melhorar ainda mais. Como foi o elenco que se escafedeu depois de míseros de 10 min, não seria melhor mudar o sujeito do verbo "celebrar"? Vejamos: "Em festa com brigas, elenco do Flu celebra com torcedores por 10 min" (ou "celebra por 10 min com torcedores").
Como já afirmei diversas vezes neste espaço, a ordem dos termos é fundamental para que se alcance a transmissão mais fiel possível da mensagem. Lidar com isso (ou aprender a lidar com isso) é um dos primeiros passos para quem quer aprender a escrever (e a ler).
Mudando de pato para ganso, sem sair dos tropeços que correm pela internet, vale a pena citar as pérolas da bandidagem que correm pela web. Refiro-me aos pilantras que mandam e-mails para ludibriar afoitos e incautos. Uma significativa parcela dessas mensagens vem com erros grosseiros. Dia desses recebi uma dessas pérolas, cujo assunto era este: "Evite a suspenção da sua conta". "Suspenção"? Elaiá! O substantivo que designa o ato de suspender é "suspensão", com "s". Sim, eu sei, há substantivos que designam o "ato de" terminados em "são", "ssão" e "ção". Sim, eu sei, é normal ficarmos em dúvida na hora de usar essas terminações, mas...
Mas um erro grosseiro como esse é cheiro de golpe, não acha? Lembra aquele caso dos policiais rodoviários catarinenses que pararam um carro cuja placa era de "Frorianópolis"? Sem comentários. É isso.
Marcadores:
autoria de terceiros
sábado, 17 de novembro de 2012
Reflexões esparsas
Há algum tempo, venho me surpreendendo muito com as pessoas, tanto positiva quanto negativamente. Como dizia Forrest Gump, somos iguais a chocolates que vem em caixas, só se descobre o nosso sabor, ao desembrulhar e provar. E como as pessoas mudam! Sei disso, porque, às vezes, eu mesma custo a me reconhecer! Ainda com a comparação dos chocolates, com o tempo, tem gente que acaba azedando, e outros acentuam a sua doçura. Mas se a gente não experimenta, não vai saber nunca o gosto que tem...
Outro dia, tive a oportunidade de conversar com uma pessoa que eu não conhecia, mas que tinha muitas informações e impressões pré-concebidas a seu respeito, e eu confesso que foi transformador escutá-lo de coração aberto. Mais interessante ainda é que essa pessoa acabou sendo um instrumento de Deus e me falou muita coisa que eu vinha questionando e querendo confirmar nas minhas orações. Se eu não tivesse dado essa abertura, dificilmente teria desfrutado de tão agradável momento!
Eu estou muito nessa fase agora, de deixar a alma de porta aberta, de escutar atentamente, de falar com cuidado, de observar vagarosamente, de perceber as sutilezas, de aceitar, mesmo sem compreender; de receber de braços abertos o que as pessoas querem me dar. Cada vez mais tenho a convicção de que essa vida é muito pouco, diante de tudo que podemos viver , e que os nossos sentidos não dão conta de perceber toda a beleza que existe em cada um de nós.
Outro dia, tive a oportunidade de conversar com uma pessoa que eu não conhecia, mas que tinha muitas informações e impressões pré-concebidas a seu respeito, e eu confesso que foi transformador escutá-lo de coração aberto. Mais interessante ainda é que essa pessoa acabou sendo um instrumento de Deus e me falou muita coisa que eu vinha questionando e querendo confirmar nas minhas orações. Se eu não tivesse dado essa abertura, dificilmente teria desfrutado de tão agradável momento!
Eu estou muito nessa fase agora, de deixar a alma de porta aberta, de escutar atentamente, de falar com cuidado, de observar vagarosamente, de perceber as sutilezas, de aceitar, mesmo sem compreender; de receber de braços abertos o que as pessoas querem me dar. Cada vez mais tenho a convicção de que essa vida é muito pouco, diante de tudo que podemos viver , e que os nossos sentidos não dão conta de perceber toda a beleza que existe em cada um de nós.
Assinar:
Postagens (Atom)