sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amélia que era mulher de verdade...


Juro que está difícil de entender essa polêmica em relação ao comercial da Hope com Gisele Bundchen.

O que passa na cabeça dessas mulheres ditas "feministas" da Secretaria Política das Mulheres que consideram que a campanha não promove os direitos igualitários entre homens e mulheres?

Na sua criação no século 19, o movimento feminista consistia num amálgama de idéias políticas, filosóficas e sociais que buscava promover os direitos das mulheres e seus interesses dentro de um contexto social.

Naquela época e mais recentemente na primeira metade do século 20, capitaneados pela incrível Simone de Beauvoir (esta inspirada pelos ideais de Sartre) - as mulheres tinham orgulho de ser mulheres e sentiam mais orgulho ainda do seu corpo e da sua sexualidade.

O que acontece agora, em pleno século 21, com essas feministas antiquadas e recalcadas que lutam contra o desejo masculino e pior...contra o próprio desejo de serem desejadas?

Eu sinceramente achei o comercial leve, engraçado, quase cõmico. Resta saber o que vai julgar o Conar*.



* Órgão de auto-regulamentação dos publicitários

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fetiche de Star

O anúncio da Hope que irritou a Secretaria de Políticas para Mulheres consagra Gisele Bündchen no papel de mulherzinha que vem marcando sua carreira de garota-propaganda.

Lembra dela limpando o chão no comercial da Sky?

Vai ver é o prazer dela, né?

Coisa de loura!

Deixa ela, ué!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como escrever , segundo Graciliano Ramos

“Quem escreve deve ter todo cuidado para a coisa não sair molhada. Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Naquela maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício.

Elas começam com uma primeira lava. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Depois colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.

Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.

Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nesses tempos de ' Rock in Rio ' ( eca ! ... )

No contraponto ao lixo do ' Rock in Rio ' ( por que não acabam isso ? ), faço o registro de duas interpretações de classe , estilo e bom gosto ; disponíveis no You Tube. A primeira , Amy Winehouse em dueto com Tony Bennet , em versão superdescolada de 'Body and Soul ' ; a segunda , Wilson Simonal acompanhado de Tom Jobim e Menescal, na versão de ' Ana Luiza ',letra e música do próprio Tom Jobim .

domingo, 25 de setembro de 2011

Presente de Aniversario


Este mes tive a mais incrivel experiencia da minha vida trabalhando outdoor.
Eu tive um encontro com um "Mountain Lion". Tambem conhecido na America do Sul como Puma.

Estava em Black Hills, no estado de South Dakota, USA. Estava trabalhando em um curso de escalada e estavamos acampados em uma floresta de "pines" (pinheiros). O acampamento dos instrutores era um pouco afastado do acampamento dos alunos.

O lugar eh maravilhoso. Celebramos meu aniversario por la. O grupo acendeu uma fogueira a noite, fizeram um bolo para mim com cobertura de iogurte e morangos.
2 dias depois meu "presente de aniversario" chegou.

Os outros instrutores ainda nao tinha chegado no acampamento. E eu ja tinha terminado de escalar com meu grupo e fui cozinhar na nossa "cozinha". Estava sozinha no acampamento de instrutores. Dai, terminei de organizar nossa cozinha e me deu aquela vontade de ir ao "banheiro" :).. peguei a pazinha e fui caminhar na floresta. Estava me sentindo muito relaxada, apreciando a vegetacao e a luz (era quase por-do-sol). De repente, eu nao sei porque, eu levantei minha cabeca e la estava o animal. Sentado, muito tranquilo, olhando para mim. Minha primeira reacao foi" ops!" Mas para o mountain lion, parecia que tudo estava normal. Foi uma sensacao de que eu estava entrando na casa de alguem por engano, mas que o dono estava tranquilao no sofa esperando eu falar o que eu queria ali. Foi mega esquisito!


Entao milhoes de pensamentos vieram na minha cabeca. Estava em um curso, alunos estavam ali na area. Eu sei os protocolos de seguranca caso encontre um urso ou onca. Fiquei pensando se fazia barulho e todas aquelas coisas para parecer maior e espantar o animal. Mas, eu nao fiz. :)
O animal nao me parecia nada assustador. Eu que estava assustada. Meu coracao parecia que ia pular para fora do meu corpo. tentei controlar minha respiracao o maximo que pude. E decidi que ia ficar absorvendo daquela experiencia o maximo de aprendizado que eu pudesse. Nao perdemos contato visual por um segundo sequer.

Quando meus pensamentos pararam e quando eu pude controlar meus batimentos cardiacos, eu comecei a sentir a energia do animal. E dai eu comecei a me sentir tao menor. O poder que ele emanava era tao grandioso, tao intenso. Ele estava sentado, olhando fixamente para mim, super relaxado. Eu em pe, olhando fixamente para ele, ansiosa. Eu nao acreditava no estava vivendo!.. tentei ouvir/sentir a respiracao dele, mas ele estava incrivelmente quieto!. Comecei a me sentir um pouco contrangida por constatar que minha energia estava tao diferente da dele. Desejei estar no lugar dele. Mas tambem vi o quanto somos iguais.
Foi incrivel. E absurdamente louco o tempo que permanecemos ali. Eu estimo que tudo durou uns 10 minutos, mas minha impressao eh que, se eu nao fizesse nada, poderia ficar ali uns 30 ou sei la quanto tempo!

Pessoas que eu comente me falaram que isto eh muito louco. Mountain Lions sao muito dificeis de se ver. Se voce ver uma vez na vida pode se considerar uma pessoa de sorte, eles nao costumam permitir serem vistos. Mas 10 minutos "hanging out" com um "mountain lion" eh quase surreal!! :)))

Entao os carros chegaram, com eles o barulho do motor. O animal permanecia imutavel. Instrutores e outros alunos saindo e falando muito alto e o animal nada de se mexer. Tudo parecia indiferente. Ou que nada estava acontecendo.
Ok, ja fazia muito tempo e eu nao tinha ideia o que podia acontecer. Entao decidi me mexer pela primeira vez. Eu dei um passo para traz e tudo bem. Dei meu segundo passo para traz e o animal, ainda sentado, esticou o pescoco tentando entender o que eu estava fazendo. Ai foi meu segundo: "ops!". Parei por uns minutos e entao repedi meu procedimento nao muito segura no que ia dar. e de novo, no segundo passo para traz, o mouintain lion esticou mais ainda o pescoco e levantou as patas da frente. Ele estava muito muito curioso. nesta hora eu dei uma gelada.

As pessoas estavam comecando a fazer menos barulho e eu entao decidi chamar meu co-instrutor: ANDY!!! ninguem escutou e o mountain lion nem se mexeu. ANDY!! as pessoas pararam de falar. ANDY!!! comecaram a perguntar onde eu estava e o que estava acontecendo. ANDY!!! vieram me procurar. ANDY!!! somente quando gritei pela quinta vez e 2 instrutores estavam a caminho, o animal se levantou e comecou a sair devagar, bem sossegado.

Os outros 2 instrutores ainda tiveram tempo de ver o animal saindo. enorme e lindo!!! :)

Nunca vou esquecer este encontro. Muito intenso.

beijos com muitas saudades,
Nana

A Árvore da Vida


Na última sexta-feira, fui animada ao cinema assistir a este filme e, mais uma vez, chego à conclusão de que sinopses de filmes são feitas exatamente para serem lidas antes de comprar os ingressos. Bom, se eu tivesse lido a sinopse a seguir, iria pelo menos preparada:

"Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes o filme aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum e expande a ótica desta rica relação ao longo dos séculos desde o Big Bang até o fim dos tempos em uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão."

O filme realmente tinha tudo para ser bom: Brad Pitt, Sean Penn e uma atriz linda que eu nunca tinha visto (Jessica Chastain) nos papéis principais; citações bíblicas, lindas imagens familiares e uma história comovente. Só que no meio de tudo isso, tem momentos intermináveis de imagens dignas do Discovery Channel. Você não sabe se fumou, dormiu e perdeu alguma coisa ou simplesmente não está entendendo. Algumas pessoas riam, outras reclamavam e outras ainda fingiam estar compreendendo tudo. O filme até consegue suscitar reflexões bem profundas, quando mostra como cada pessoa da  família é afetada e sofre por causa do mesmo acontecimento traumático, mas em algum ponto, perde o fio da meada. Tenta de forma frustrada agradar a gregos e a troianos, ou melhor, a ateus e cristãos. E todos nós sabemos que isso é uma tarefa impossível, acho que aí está a sua grande falha, não adentra profundamente em nenhuma das realidades possíveis diante de um grande sofrimento.

sábado, 24 de setembro de 2011

Mais um dia feliz !!

O totem da turma de Clara, inspirado no trabalho de Miguel dos Santos; João e os animais; Clara fantasiada de cigana para prever o futuro das espécies em perigo de extinção e na apresentação de ciências.

Hoje foi o grande dia da SACC (semana de arte, cultura e ciência) desse ano e às oito da manhã, eu já estava na escola com Clara e João. Os trabalhos da classe dela estavam lindos, e as apresentações, ótimas. O trabalho de Clara era sobre as artêmias, e eu confesso que até hoje eu nunca tinha ouvido falar delas! O tema geral era meio ambiente, e o enfoque foi sobre a preservação das espécies animais, João adorou, parecia até que estava em um museu de história natural, olhava tudo admirado rsrs!!

De tarde, logo depois do almoço, voltamos novamente, desta vez para as apresentações de Pedro e João. João dançou fantasiado de índio e na fase Mogli-Tarzan-Simba em que ele está, sentiu-se totalmente integrado ao tema de floresta e animais. A apresentação de Pedro também foi bem legal, sobre anabolizantes e suplementos alimentares.Acho que eu me empolgo mais do que eles, é que sinto uma saudade enorme dos meus tempos de colégio, eu era fascinada por trabalhos de ciências e olha que na minha época não era tudo tão organizado e caprichado como agora, digo sempre a eles que o Motiva é o colégio em que sempre sonhei estudar.

João todo feliz de índio e no final da apresentação com a mudinha que plantou; Pedro e seu grupo muito animado.
No fim da tarde, ainda deu tempo de dar um pulinho na praia com João e Kinda (viu, Nana, agora sempre que podemos a levamos para passear!!). Ela está super comportada, fica na praia sem coleira e não sai de perto da gente, uma mocinha rsrs!! Não tem dinheiro que pague momentos como esse, em que o tempo anda devagar, e a gente precisa apenas das coisas mais simples para sentir-se feliz.



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Na cidade sem meu carro, é difícil!!


 João Pessoa está participando hoje da jornada mundial "Na cidade sem meu carro", um movimento internacional em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida que teve início na França e se espalhou por diversas cidades do mundo. Tem o objetivo de sensibilizar as pessoas para que usem meios de transporte mais sustentáveis (ônibus, bicicleta) ou ainda que, neste dia, os motoristas de carros particulares ofereçam carona e diminuam a quantidade de veículos circulando; tudo isso para proporcionar cidades mais saudáveis, com mais acessibilidade e menos poluição, diminuição dos congestionamentos e ainda menor estresse da população em geral.

 Sem dúvida, é uma iniciativa louvável, mas que na prática é um tanto complicada. Imaginem a confusão de várias avenidas importantes da cidade fechadas para a circulação de carros em pleno dia de trabalho ! Fico pensando que quem bolou esse movimento com certeza não tem filhos para levar à escola ou se tem, mora vizinho ao colégio! De toda forma, farei a minha parte e vou contribuir com o movimento dando carona aos amigos de Pedro na volta da escola e levando-os no fim da tarde para a semana de arte, cultura e ciência. Já é um começo !! 

Viva João Cabral de Melo Neto

O fogo no canavial - João Cabral de Melo Neto



A imagem mais viva do inferno.
Eis o fogo em todos seus vícios:
eis a ópera, o ódio, o energúmeno,
a voz rouca de fera em cio.
E contagioso, como outrora
foi, e hoje, não é mais, o inferno:
ele se catapulta, exporta,
em brulotes de curso aéreo,
em petardos que se disparam
sem pontaria, intransitivos;

mas que queimada a palha dormem,
bêbados, curtindo seu litro.
(O inferno foi fogo de vista,
ou de palha, queimou as saias:
deixou nua a perna da cana,
despiu-a, mas sem deflorá-la.)





João Cabral de Melo Neto (Recife, 9 de janeiro de 1920 - Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999) - Além de poeta, foi um diplomata brasileiro. Classificado como poeta da geração 45, terceira geração do modernismo, foi agraciado com diversos prêmios ao longo de sua carreira de escritor. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Pernambucana de Letras.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Olhar para ver

Acho que já aconteceu com vocês algumas vezes, sabem como é quando a gente ouve muitas vezes uma coisa, mas chega um dia em que a gente realmente escuta e entende o que aquilo queria dizer; depois de tanto olhar, você finalmente enxerga... Estou passando por muitos momentos como esses, estou numa fase de perceber as coisas se encaixarem, de descobrir a razão de ser, de colher alguns frutos que eu até já havia esquecido de tê-los plantados. Uma fase de respostas, de crescimento espiritual e mais do que nunca de muita paz. Sei que não estou sendo muito objetiva no que quero dizer, mas é que no fundo são sentimentos que só fazem sentido a quem os sente.


Para viver satisfeito com pequenos meios, para procurar elegância ao invés de luxo, e requinte ao invés de moda, para ser digno, não respeitável, e abastado, não rico. Para ouvir as estrelas e os pássaros, bebês e sábios, com o coração aberto. Para estudar muito, pensar em silêncio, agir com franqueza, falar suavemente, aguardar ocasiões, nunca ter pressa, em uma palavra,  deixar o espiritual, espontânea e inconscientemente, crescer através do comum  -  esta é a minha sinfonia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cultura às quartas

Explicação do fato parte II - Torquato Neto



Também tenho uma noite em mim tão escura
que nela me confundo e paro
e em adágio cantabile pronuncio
as palavras da nênia ao meu defunto,
perdido nele, o ar sombrio.
(Me reconheço nele e me apavoro)
Me reconheço nele,
não os olhos cerrados, a boca falando cheia,
as mãos cruzadas em definitivo estado, se enxergando,
mas um calor de cegueira que se exala dele
e pronto: ele sou eu,
peixe boi devolvido à praia, morto,
exposto à vigilância dos passantes.
Ali me enxergo, à força no caixão do mundo
sem arabescos e sem flores.
Tenho muito medo.
Mas acordo e a máquina me engole.
E sou apenas um homem caminhando
e não encontro em minha vestimenta
bolsos para esconder as mãos, armas, que, mesmo frágeis,
me ameaçam.
Como não ter medo?
Uma noite escura sai de mim e vem descer aqui
sobre esta noite maior e sem fantasmas.
como não morrer de medo se esta noite é fera
e dentro dela eu também sou fera e me confundo nela e
ainda insisto?
Não é viável.
Nem eu mesmo sou viável, e como não? Não sou.
O que é viável não existe, passou há muito tempo
e eram manhãs e tardes e manhãs com sol e chuva
e eu menino.
eram manhãs e tardes e manhãs sem pernas
que escorriam em tardes e manhãs sem pernas
e eu sentado num tanque absurdamente posto no meio da rua,
menino sentado sem a preocupação da ida.
E era todo dia.
Havia sol
e eu o sabia
sol: era de dia
Havia uma alegria
do tamanho do mundo
e era dia no mundo.
Havia uma rua
(debaixo dum dia)
e um tanque.
Mas agora é noite até no sol.




Torquato Pereira de Araújo Neto (Teresina, Piauí, 9 de novembro de 1944 - Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1972). Poeta, letrista e crítico de música, foi figura essencial na efervescência cultural dos anos 60. Foi nome e porta-voz do Tropicalismo, da poesia Concreta e da música brasileira naquela época. Escrevia crítica de música para o Geléia Geral.


NOTA

Torquato Neto foi dos poetas essenciais para a minha formação política e humanística , a exemplo de Thiago de Melo , Vinicius de Moraes , Carlos Drummond de Andrade , João Cabral de Mello Neto , Manuel Bandeira e Fernando Pessoa , dentre muitos que se inseriram no contexto de fazer literatuta/poesia comprometida com o Homem em toda a sua plenitude cósmica ( Carlos Candeia ).

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um doce pra quem achar Dr. Carlos.

Esse post é pro Sr., Tio. A bolacha peteca eu levo depois.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cultura inútil para começar a semana

O que é um Loop



“Loop” (pronuncia-se “lúp”), é uma palavrinha inglesa muito apreciada pelo pessoal da música eletrônica e pelo da informática. Um loop é algo como um laço, uma linha que dá uma volta completa e emenda no começo. Em música, loop é uma série de notas ou efeitos sonoros que, quando chega ao fim, começa outra vez, insistentemente. Na informática, é um processo que não acaba nunca e deixa o usuário do computador olhando, impaciente, aquela ampulhetazinha no lugar do cursor, tão exasperante quanto sinal de linha telefônica ocupada. E alguém divulgou na Web a historieta abaixo para explicar o que está acontecendo.
1) O Diretor chama a secretária e avisa que vão viajar a trabalho por uma semana. 2) A Secretária liga para o marido e avisa que vai passar uma semana fora. 3) O Marido liga para a amante e diz que terão uma semana inteira para ficar juntos. 4) A Amante liga para o aluno a quem dá aulas particulares e pede licença por uma semana. 5) O Aluno liga para o avô e diz que terá uma semana sem aulas, e poderão fazer algum programa juntos. 6) O Avô, que é o mesmo Diretor do início da história, chama a Secretária e manda cancelar a viagem, pois deseja ficar com o neto, que não vê há um ano. 7) A Secretária liga para o marido: a viagem foi cancelada. 8) O Marido liga para a amante: não terão mais uma semana inteira para ficar juntos. 9) A Amante liga para o aluno: não vai mais tirar licença, e os dois deverão ter aulas normalmente. 10) O Aluno liga para o avô: não podem mais se encontrar porque ele afinal vai ter uma semana de aulas. 11) O Avô, que é o mesmo Diretor, liga para a secretária: já que não poderá ficar com o netinho, é melhor confirmar de novo a viagem... E tudo recomeça.
Isto é um loop. Os personagens cruciais da história são o Diretor, que é o Começo, e o Netinho, que é o Fim. Se fossem personagens não relacionados, a história fluiria normalmente. Acontece que o Fim se relaciona com o Começo e lhe envia uma mensagem que reverte o comando inicial. Se esse loop ficar rodando, os personagens ficarão irritados com tantas mudanças de planos, pois nenhum tem a visão geral do que está acontecendo. Os programas de computador têm sub-rotinas (ou sei lá como as chamam) que acompanham todos os passos e percebem quando há um elemento contraditório (o Diretor quer viajar mas o Avô não quer, e os dois são a mesma pessoa). Enquanto isso não for resolvido a cadeia de comandos ficará paralisada, rodando sem sair do canto. Tem que haver uma vigilância de fora, que enxergue todo o processo e perceba onde está o ponto onde ele se volta sobre si mesmo e manda reverter tudo que tinha sido ordenado antes.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A alimentação pelo mundo (fonte: deluco.blogspot.com)

A alimentação pelo mundo

Viver tem o seu custo. Ter uma família, poder educar os filhos, planejar a prole, oferecer assistência médica e odontológica.

Esqueçamos isso tudo. Vamos nos concentrar apenas na alimentação. O principal para a subexistência. Parece simples mas é praticamente impossível pensar no básico sem dissociar de bem estar e saúde, ou  distiguir o supérfluo do necessário. Riqueza e poder de compra são elementos tão básicos para a vida, que vão além das necessidades diárias de calorias e proteínas. Só visualizando para se compreender. O ensaio abaixo é apenas um exemplo, e também uma maneira de se imaginar como serão os desafios para o mundo quando todos os países forem atingindo graus elevados de desenvolvimento. A China com 1 bilhão e meio de consumidores, prestes a se tornar a Alemanha do futuro em termos de comida. E água para toda essa gente, será que vamos conseguir?

Atentem para o tamanho da prole, a dieta alimentar, a disponibilidade de alimentos e a despesa em dólares, para uma família típica de cada país em 1 semana.


2 - Estados Unidos da América: Família Revis da Carolina do Norte
Despesa com alimentação em 1 semana: $341.98 dolares


3 - Italia: Família Manzo da Secília
Despesa com alimentação em 1 semana: 214.36 Euros /  $260.11 dolares


4 - México: Família Casales de Cuernavaca
Despesa com alimentação em 1 semana: 1,862.78 Pesos / $189.09 dólares


5 - Polónia: Família Sobczynscy de Konstancin-Jeziorna
Despesa com alimentação em 1 semana: 582.48 Zlotys / $151.27 dólares


6 - Egito: Família Ahmed  do Cairo
Despesa com alimentação em 1 semana: 387.85 Egyptian Pounds / $68.53 dólares


7 - Equador: Família Ayme de Tingo
Despesa com alimentação em 1 semana: $31.55 dólares


8 - Butão: Família Namgay da vila de Shingkhey
Despesa com alimentação em 1 semana: 224.93 ngultrum / $5.03 dólares


9 - Chade: Família Aboubakar do campo de refugiados de Breidjing
Despesa com alimentação por semana: 685 Francos / $1.23 dólares

Leitura amena - Convalescença de Guga

No Trastevere




A pizzaria do Trastevere que tinham nos recomendado estava cheia e acabamos num restaurante ao lado, vazio. Éramos quatro. A primeira coisa que fizeram quando nos sentamos foi trazer quatro taças de Prosecco, cortesia da casa. Nos entreolhamos, desconfiados de que pagaríamos caro por aquela cortesia. Nosso instinto de sobrevivência dizia "Corram!", mas o constrangimento nos mandava ficar. Afinal, éramos brasileiros mas de uma região em que a civilização pegara.

A própria moça que nos atendia, de blue jeans, em desacordo com a decoração mas em bem ajustado acordo com sua anatomia trasteveriana, não sei se por gratidão por termos ficado ou com sinceridade, não acreditou que fôssemos brasileiros.

Descreveu as especialidades da casa e optamos por um rigatoni, precedido, no meu caso, por um carpaccio de peixe. Pelo menos pelo que deu para ver, pois era pouco e sua passagem pelo meu prato foi rápida. Existe uma regra inescapável segundo a qual quanto menores as porções, mais caro o restaurante. Um dia algum empreendedor europeu vai atingir a perfeição e montar um restaurante em que toda a refeição cabe num pires e a conta vem numa travessa.

O rigatoni veio numa cumbuca perto da qual um dedal não se sentiria humilhado e o liquidamos com três garfadas. E como secondo? — perguntou a Blue Jeans, certa de que, para não parecermos brasileiros, não recuaríamos agora. Pedimos o secondo não por constrangimento ou respeito à tradição italiana. Era fome mesmo.

Ela recomendou outra especialidade da casa, um peixe chamado "spadolini". Espera aí. Spadolini era o ministro da Defesa na época. Não me lembro do nome do peixe. Que demorou uns bons quarenta minutos para aparecer. Como o restaurante continuava vazio, deduzimos que a demora se devia ao esmero com que estava sendo preparado.

E realmente, o próprio chefe trouxe a travessa da cozinha como se fosse um filho recém-nascido. Serviu quatro pratos com cuidados cirúrgicos e os colocou na nossa frente como se seu futuro na profissão dependesse do nosso julgamento.

Peixe, uma camada de batatas em cima, molho de tomate em cima das batatas. As batatas estavam cruas e no dia em que souber do seu molho de tomate o Trastevere em peso expulsará o chef e queimará seu restaurante. Foi o pior peixe jamais servido na Itália. Bom, talvez o que serviam nas masmorras do Coliseu fosse pior. Só a conta não decepcionou a expectativa. Era altíssima.

Claro que, para cada experiência como esta, tivemos dezenas de grandes encontros com a culinária romana em várias estadas. Mas que fique a lição: quando for a uma pizzaria bem recomendada do Trastevere e não tiver lugar — espere!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Antes que acabe este 7 de Setembro


O Brasil é carente de nosso amor...a gente tem que gostar mais dele, tratá-lo melhor, governá-lo melhor, valorizá-lo mais, deixá-lo mais unido, falar mais bem dele, ser mais brasileiro que americano, mais brasileiro que europeu, ser mais brasileiro que japonês...ser mais brasileiro...Viva o Brasil!

Ela, de novo !!


Pessoal,
estou devendo um post complementando as news dadas por Valéria.
Também adoramos a viagem. Cada cidade com sua beleza, com sua magia.
Amsterdam, uma agradabilíssima surpresa. Valeu, Gianne, por insistir na inclusão da cidade em nosso roteiro e pelas dicas dadas. Gostamos especialmente de Zaanse Schans, a cidade dos moinhos, onde retomei a (perdida) prática da bike.
Londres respira história, interesse geral, uma peculiar mistura com a modernidade. Nele, fizemos o melhor tour gastronômico, com passagem por casas dos famosos chefs da mídia.
Loire e seus castelos, a cada lugar uma linda paisagem. Um hotel charmosíssimo, um chofer gente boa e muito vinho pelo caminho.
Por fim, Paris. Indescritível, inenarrável. Tanta coisa para se conhecer e se fazer em tão pouco tempo, dava vontade que o dia tivesse umas 36 horas ! Mas sempre tem que ficar algo para a próxima visita, nao é ?
Mas para retomar, ou encerrar, o debate, segue a foto para mostrar que, neste contexto todo especial, a danada da Torre Eiffel é LINDA mesmo. Não tem como nao se emocionar na primeira vez que se vê ao vivo, seja de dia ou à noite, iluminada linda, linda.
Vale a visita ! Super indico !!! ;)

Por fim, nao poderia deixar de agradecer aos nossos companheiros de viagem Fulvio e Valeria, Zé Maria e Lenisse, pelas agradabilíssimas companhias, por toparem nosso roteiro-full gas, por tantas risadas e momentos felizes. Guardados para sempre na memória do coração.

Final de semana de verão

























No último final de semana fomos para Barra do Sahy.

A praia fica a 220 km de SP, super preservada no meio da Mata Atlântica.


Ficamos numa pousadinha super gostosa que se chama Aldeia do Sahy e que recomendo para quem quiser conhecer o litoral de São Paulo.


Aliás, essa é a melhor época do ano para ir ao litoral de SP.


As praias estão quase vazias, o tempo é ótimo (solzão), as estradas estão livres de congestionamento...enfim...uma maravilha!


Segue aqui uma seleção de algumas fotos!



Bjos

domingo, 4 de setembro de 2011

UM POUQUINHO DA NOSSA VIAGEM

Não sei escrever bem como Guga, nem mesmo fazer aquelas composições de fotos, mas vou me esforçar para escrever um pouquinho sobre nossa viagem.
Começamos eu, Fulvio, Rê e Léo por Amsterdam. Eu adorei essa cidade! Uma arquitetura bem diferente da nossa, cheia de canais, muita história, boa comida, muita coisa interessante para ver. Um friozinho gostoso e um sol bonito marcaram a viagem. Teve lá o seu temporal, mas nada que tirasse o glamour. :)))
Depois fomos para Londres, onde nos encontramos com Zé e Lenisse. Adoramos conhecer a parte interna do Palácio de Buckingham, ver o vestido e todos os outros acessórios do casamento da princesa Kate, além de todo o luxo e grandiosidade do lugar. A London Eye, a Torre de Londres, Piccadilly Circus, os guardinhas com cara de mau, os jardins maravilhosos, as lojas, os restaurantes, as cabines telefônicas, os taxis, os ônibus, enfim, todas as peculiaridades dessa cidade maravilhosa.
De lá fomos de Eurostar até Paris, onde pegamos uma van guiada por um brasileiro que foi conosco ao Vale do Loire, onde conhecemos os 3 principais castelos : Chenonceau, Chambord e Cheverny. Não só os castelos, mas as cidadezinhas, o nosso hotel, os restaurantes e as paisagens são igualmente lindos. Um lugar muito romântico e que vale a pena ser visitado.
Finalizamos a viagem em Paris. Infelizmente eu e Fulvio tivemos que voltar pelos problemas de saúde de Giannina, que graças a Deus, agora, está bem melhor.
Ainda fiz um tour noturno por Paris. Mesmo Fulvio já tendo voltado para o Brasil, não queria me despedir da cidade sem ver os seus principais pontos turísticos. Essa foi a minha terceira vez em Paris, mas tive certeza que Paris é uma cidade para se visitar cem vezes e não cansar. Sempre há um motivo para voltar.
Apesar da viagem ter sido abruptamente interrompida, comemoramos muito felizes nossos 10 anos de casados, renovamos nosso amor, amizade e respeito. Amor, vamos comemorar os 11 anos de casamento em Paris? É que fiquei com gostinho de quero mais.
Aguardem Renata e Lenisse voltarem, que elas certamente farão outros posts.

Agora, algumas fotos:

 Uma das coisas que mais gostei foram os passeios de bicicleta. Não teria aguentado caminhar pelos enormes jardins dos Castelos de Chambord (foto acima), nem pelos lindos parques de Amsterdam. Da próxima vez, vou inscrever Renata numas aulinhas, por que ela quase me atropela com sua forma perigosa de guiar a bike.
 Nosso grupo: Zé Maria, Lenisse, Fulvio, Valéria, Renata e Leo.
 Zaanse Schans: uma cidadezinha perto de Amsterdam que eu amei.
 Zé, Fulvio e Leo no jogo do Chelsea em Londres. Enquanto eles foram ao jogo, nós fomos às compras.
 Eu e Fulvio com o Parlamento e o Big Ben ao fundo.

sábado, 3 de setembro de 2011

DG GOURMET

O último post do DG GOURMET: Docinho Bóris



www.dggourmet.blogspot.com

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PF ou Não-PF? Eis a questão!

Estava eu imerso em meus devaneios, refletindo sobre as várias coisas, mergulhado em profunda meditação, e eis que chego à seguinte e brilhante conclusão: O PF - Prato Feito - nada mais é que um prato à la carte de pobre, e o prato à la carte nada mais é que um PF de rico... Logo, pedir à la carte não é lá tão fino e comer um PF não é lá tão rude. Estou em elevado estado de Nous com essa máxima descoberta, me sentindo o próprio Newton

PF de rico ou à la carte

À la carte de pobre ou PF

Resumindo, eu fico com o equilíbrio: vou para um self-service!
Chique é a simplicidade...