terça-feira, 30 de novembro de 2010

Férias... Ócio criativo ??




Diariamente entro no nosso blog querido e vejo que, salvo a honrosa atuação da nossa mestra Guga, às vezes o deixamos meio abandonado...
Confesso, porém, que eu tenho vontade de fazer postagens, mas que não consigo pensar em nada à altura do que os senhores mereçam ler ! (ainda mais agora que temos divulgação nacional, super chiquê!)
Deve ser este clima de férias que está me atrapalhando...
Afinal, o mar aqui na frente está tão azul, tão lindo e o sol tão forte, que minha mente instantaneamente entrou em stand-by.. Está difícil entrar no tranco...
Pois bem. Para estimular a todos no corre-corre diário, deixo o convite para, a qualquer hora, de qualquer dia , aparecerem pela praia. Ao menos, para espairecer !
E por enquanto vou tentando cultivar ou estimular o ócio criativo que, dizem, existe. Para mim, o ócio não anda ajudando muito na produção ! rsrsrs
Mas quem sabe melhora ??

Somos tudo isso e muito mais!!!


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A morte chega cedo - Fernando Pessoa



A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.

O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.

E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.


                      ************************************************************
Lella,

assim como dividimos tantos momentos de alegria, temos inevitavelmente, pelos laços de amor e amizade que nos une, que compartilhar os de tristeza e dor. E tantos outros virão, de mais felicidades e outras dores...
Que Deus traga a toda sua família conforto e proteção e que você sinta o nosso abraço, apertado e carinhoso.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O mundo dos doces de Vivi

Na última sexta-feira, foi comemorado o primeiro ano de Maria Vitória, e eu e Pri tivemos o prazer de decorar a sua festa! Dessa vez, Tati nos ajudou ainda mais, porque tinha trazido coisas lindas dos Estados Unidos, que fizeram toda a diferença. Não nos dedicamos tanto quanto gostaríamos, pois ambas estávamos com tantos afazeres que não sobrou tempo, mesmo assim, o pouco que fizemos foi de coração, e o resultado ficou lindo (modesta rsrsrs), uma festa singela e aconchegante!

As lembrancinhas ficaram lindas e bem simples; o mural com
os pacotinhos de doces.

A mesa principal, os bem-vividos embalados em tecido, os tubetes
e os cookies mais que lindos.


O bolo em detalhe (vimos hoje inclusive que este modelo está na capa da revista
Festas deste mês); caixetas com docinhos muito finos; amêndoas nos cestinhos
e caixinhas; mini-cupcakes tão bonitos quanto gostosos.



Na estante ao lado da mesa principal tinha maçãs do amor, saquinhos
com suspiros, refresco de morango e ainda mais doces.



Carrinho com maçãs, a mesa lateral com cupcakes e docinhos; o lindo
mini-bolo como enfeite das mesas; brigadeiro de colher feito pela avó da
 aniversariante e a casinha coberta de balas que as crianças adoraram.

Mais Tutty Vasques , agora vespertino

Mal comparando


Paul McCartney já lê frases em português melhor que o Tiririca.
No ditado é que, parece, a coisa pega!



Ela merece!


Do senador Romero Jucá, à la ex-ministro Magri, justificando a nomeação da mãe de sua ex-mulher como “assessora” em Roraima:
“Ex-sogra é um ser humano como outro qualquer!”
De fato!

TUTTY VASQUES - Para começar o dia


Fidel Castro disse em artigo na imprensa cubana que Barack Obama é “o maior encantador de serpentes que já existiu”.
O comandante não conhece, decerto, o cantor Falcão, do Rappa.
O cara já enfeitiçou a atriz Deborah Secco, a miss Brasil Lisiane Braile, a cantora Maria Rita, a modelo Isabeli Fontana

terça-feira, 23 de novembro de 2010

À memória de Fernando Pessoa - Antonio Botto

Se eu pudesse fazer com que viesses Todos os dias, como antigamente, Falar-me nessa lúcida visão - Estranha, sensualíssima, mordente; Se eu pudesse contar-te e tu me ouvisses, Meu pobre e grande e genial artista, O que tem sido a vida - esta boémia Coberta de farrapos e de estrelas, Tristíssima, pedante, e contrafeita, Desde que estes meus olhos numa névoa De lágrimas te viram num caixão; Se eu pudesse, Fernando, e tu me ouvisses, Voltávamos à mesma: Tu, lá onde Os astros e as divinas madrugadas Noivam na luz eterna de um sorriso; E eu, por aqui, vadio de descrença Tirando o meu chapéu aos homens de juízo... Isto por cá vai indo como dantes; O mesmo arremelgado idiotismo Nuns senhores que tu já conhecias - Autênticos patifes bem falantes... E a mesma intriga: as horas, os minutos, As noites sempre iguais, os mesmos dias, Tudo igual! Acordando e adormecendo Na mesma cor, do mesmo lado, sempre O mesmo ar e em tudo a mesma posição De condenados, hirtos, a viver - Sem estímulo, sem fé, sem convicção... Poetas, escutai-me. Transformemos A nossa natural angústia de pensar - Num cântico de sonho!, e junto dele, Do camarada raro que lembramos, Fiquemos uns momentos a cantar!




António Tomás Botto (Casal de Concavada, Abrantes, Portugal, 17 de agosto de 1897 - Rio de Janeiro, 16 de março de 1959) - Poeta e contista português, causou polêmica nos meios religiosos conservadores em Portugal quando publicou o livro Canções. Também foi amigo de Fernando Pessoa. Mudou para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, onde morreu atropelado.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O non sense de Millor Fernandes , para descontrair

FÁBULAS FABULOSAS

Certas coisas figadais. À maneira dos... egrégios
Quando Tongo Tango, interrogado por Jango Lomango sobre a morte de seu pai, respondeu que ele tinha morrido depois de comer patê de foagrá (pasta feita com fígado de ganso), Lomango se espantou:- Como? O fígado estava podre?
- Não – explicou Tongo Tango -, estava bom. Mas todos sabem que não se deve comer fígado de ganso, porque é uma coisa terrivelmente tóxica. Mortal.- Que bobagem mais boba! – riu-se Lomango. – Se o fígado de ganso fosse tóxico, os gansos não andariam por aí, lampeiros. Não resistiriam ao próprio fígado.- Resistem – concordou Tongo -, mas resistem pouco. Os gansos vivem 2% do que vive o ser humano exatamente por causa do fígado.Lomango calou-se, abalado. E como ele próprio possuía um ganso, nessa noite, na surdina, pegou um facão, foi ao quintal, abriu o ganso e lhe tirou o fígado. E ao ver que o ganso morria, concluiu sabiamente:- Tongo tem toda razão. Se o fígado fora do ganso lhe faz tanto mal, imagina se permanecesse mais tempo lá dentro.

MORAL: TODA LÓGICA É MORTAL.

Esquisistranho

Não sei se sonhei com alguma coisa relacionada a isto, mas hoje, assim que abri os olhos, esta pergunta me veio à cabeça:

    "E se você morresse hoje, teria feito todo o bem que podia fazer? Teria passado o tempo que gostaria com todos que você ama? O que teria ensinado aos que conviveram contigo?  "  
       

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O DIFÍCIL FACILITÁRIO DO VERBO OUVIR

O DIFÍCIL FACILITÁRIO DO VERBO OUVIR

Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massas como a interpessoal, é o de como o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa, falou.Numa mesma cena de telenovela, notícia de telejornal ou num simples papo ou discussão, observo que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento.Na conversação dá-se o mesmo. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações e como ando bastante entusiasmado com a formulação delas, divido-as com o competente leitorado que, por certo, me ajudará passando-me as pesquisas que tenha a respeito.

Observe que:
1) Em geral o receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não está dizendo.
2) O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir.
3) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir.
4) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que imagina que o outro ia falar.
5) Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida.
6) O receptor não ouve o que o outro fala, Ele ouve o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse.
7) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que está sentindo.
8) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando.
9) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a emocionem, agradem ou molestem.
10) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está falando em objeto de concordância ou discordância.
11) A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra.
12) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as ideias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.

Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar!
O que há, em geral, são monólogos simultâneos trocados à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os pólos ouvem-se, não, é claro, no sentido material de "escutar", mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está dizendo.
Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia.
Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem a si mesmas. Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem, e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. Não é, pois, um sólido mecanismo de defesa.
Ouvir é um grande desafio. Desafia de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza, ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria.
Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar.


Távola, Artur. Artigo publicado no jornal O Globo, de 4/2/1979.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MEU FIM DE SEMANA

Passamos o fim de semana com Zé, Lenisse e João Victor em Areia Dourada. O pequeno José Arthur não veio porque ainda tá muito bebê. Passeamos um pouco, mas principalmente, matamos a saudade do tempo que passamos em Sao Paulo, quando estávamos sempre juntos.

sábado, 13 de novembro de 2010

Passeio na Bica

Desde a semana passada que estava morrendo de vontade de fazer este programa e hoje, assim que acordei, peguei Clara e João e fui para a Bica. Pra quem não conhece, a Bica (Parque Arruda Câmara) é o que temos de mais parecido com um zoológico rsrsrs!! Não tem muitos animais exóticos e selvagens, mas acho que os micos, os jacarés, a leoa e o leão já são suficientes para encantar uma criança e, além disso, é o que temos por aqui, portanto, temos que aproveitar!!

João tentando ver os micos em cima da árvore.

O jacaré que parecia uma estátua.

Um clique rápido de Clarinha que conseguiu registrar
o exato momento em que o patinho mergulhou.

















Nem me lembro a última vez que tinha ido à Bica, muito tempo antes de João nascer, com certeza! E é tão legal essa sensação de ter mais uma chance, de poder aproveitar tudo de novo, pela terceira vez ... Eu adoro repetir com João todos os programas que fazia com Pedro e com Clara, quando eram pequenos, e presenciar o mesmo encantamento, a curiosidade e a alegria da descoberta, próprias da idade (que passa tão depressa). São momentos assim que se eternizam em minha memória e alegram meu dia!

A leoa preguiçosa dormindo e o leão que não queria sair
da toca.

João meio tenso, falando: "Leão, Joãozinho tem medo de tu".

Andando no pedalinho, aí eu é que estava tensa com João
em pé pulando, achando que estava no jet ski.

Uma bola para convencê-lo a voltar pra casa.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Melhores da semana

* Um dia inteiro com mainha, Pri e Tati no centro de Recife (rua das Calçadas e adjacências), procurando tecidos, aviamentos e artigos de festas, adoro demais tudo isso!!!



* Reencontrar Jana depois de tanto tempo (meu Deus, acho que lá se vão uns quatorze anos!!) e ter saudade de uma época tão legal como o último ano de escola. Ela casou, está morando em Orlando, é a mais nova leitora do blog e tomara que vire uma colaboradora rsrsrs!!


Caso alguém não consiga reconhecer rsrsrs: Jana, Lella, eu e a Maga.
Como melhoramos, não?!! O que é esse meu cabelo laranja?!!!

* Descobrir a coleção da Maria Bonita Extra para a C&A, muitas roupas lindas, com modelagens e tecidos de qualidade e preço justo. A MB Extra e Isabela Capeto (para crianças) foram as únicas marcas nacionais até agora que fizeram coleções para grandes lojas populares e conseguiram transmitir seu estilo em peças simples.

  




* Dois novos blogs na nossa lista, na barra lateral: a DG Gourmet, o buffet da minha amada cunhada Dani que está fazendo cada vez mais sucesso e a Tree for Kids, a loja de roupas infantis da Maga e Gisela que será inaugurada na Edson Ramalho, no comecinho de dezembro!! A Berinjela de Pri também inaugura sua primeira loja física no mesmo endereço, prometo uma cobertura exclusiva rsrsrs!!




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Reflexão




"Se você julga pessoas, você não tem tempo para amá-las"

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conselho do dia

Um bom conselho para todos que, como eu, estão assoberbados, com tantas coisas para fazer que não sabem direito por onde começam o dia... Dedique-se a cada coisa de cada vez!!


domingo, 7 de novembro de 2010

Para não assistir


Não gastem dinheiro, gasolina e o preciosíssimo tempo que vocês têm assistindo ao filme mais desprezível que tive o grande desprazer de assistir: "Federal".
O filme é uma tentativa mais-que-frustrada de imitar o louvável "Tropa de Elite", porém esbanjando o inverso de tudo o que este último tem de melhor: péssimas interpretações, péssimo roteiro, péssimas músicas, péssimos atores, péssima história, péssimo, péssimo, péssimo...
É de sair do cinema com vontade de matar o diretor do filme, os atores e todas as pessoas que, de alguma forma, colaboraram para concretizar aquela - perdoem o termo chulo - BOSTA!
Permeado de diálogos inexoráveis, sem emoção e sem boas atuações, com cenas de sexo quase-explícitos que não têm o menor sentido, com um temática mal abordada ou já repetitiva, devido ao "Tropa de Elite"...enfim, um perfeito (?) FIASCO!
Sinceramente, não sei como Selton Melo topou atuar em um filme da qualidade de "Federal"...sem dúvidas uma mancha na carreira bela desse ator consagrado.
Não assistam, por favor!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CALEM A BOCA, NORDESTINOS!

Recebi hoje um e-mail que me emocionou bastante, já que sou nordestino...daqueles que se orgulham de sê-lo, que se orgulham da cultura nordestina...daqueles que infia a pexêra nu bucho de quem cunrrersa arisia dur nordestinu.
O texto foi escrito por José Barbosa Junior, e, sem dúvidas, merece ser lido!


A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
(...)
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MILLOR FERNANDES / Para os/as netos (as)

CONPOZISSÕIS IMFÃTIS


O Doutor


"O doutor é o homem que escreve com aquela letra que se a gente escrevesse assim levava zero. Só vem quando tem gente doente na família, e o que é mais triste é que cobra quinhentos cruzeiros. Papai fala mal dele quando ele vai embora, e mamãe só toma o que a vovó recomenda. Quando eu crescer eu quero ser dos que recebem as quinhentas pratas e não dos que pagam."

Cultura Inútil ?






Pasquale Cipro Neto

A presidente, a presidenta

Em alguns casos, o uso fixa como alternativas formas exclusivamente femininas, em que o "e" dá lugar a um "a"
UFA! ACABOU! Não vou dizer que tivemos a pior campanha da história porque sou velho o bastante para ter vivido outras maravilhas (a de 1989 e as do tempo da mais do que hilariante Lei Falcão, por exemplo). Discurso sobre o nada, chavões, frases feitas e cacoetes linguísticos nunca faltaram na nossa história eleitoral.Pois bem. A eleição se foi, mas a conversa sobre a terminação da palavra que designa o cargo que Dilma Rousseff ocupará a partir de 1º de janeiro de 2011, não. Perdi a conta das entrevistas que dei a respeito do assunto. Mesmo antes do segundo turno, tive de responder qual seria a forma "correta" para designar a função que Dilma ocupará: ela seria (será) presidente ou presidenta?O leitor habitual deste espaço sabe bem que me nego terminantemente a reduzir a conversa a algo como "esta sim, aquela não", "está certo, está errado" etc. Posto isso, vamos ao começo da história. Que têm em comum palavras como "pedinte", "agente", "fluente", "gerente", "caminhante", "dirigente" etc.? Não é difícil, é? O ponto em comum é a terminação "-nte", de origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos portugueses, italianos, espanhóis...Termos como "presidente", "dirigente", "gerente", entre inúmeros outros, são iguaizinhos nas três línguas, que, é sempre bom lembrar, nasceram do mesmo ventre. E que noção indica a terminação "-nte"? A de "agente": gerente é quem gere, presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante.Normalmente essas palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, em que o "e" final dá lugar a um "a". Um desses casos é o de "parenta", forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer "minha parente" ou "minha parenta", por exemplo). Outro desses casos é justamente o de "presidenta": pode-se dizer "a presidente" ou "a presidenta".A esta altura alguém talvez já esteja dizendo que, por ser a primeira presidente/a do Brasil, Dilma Rousseff tem o direito de escolher. Sem dúvida nenhuma, ela tem esse e outros direitos (e que não vá além dos direitos que de fato tem, por amor de Deus). Se ela disser que quer ser chamada de "presidenta", que seja feita a sua vontade -por que não?"Resolvido" esse impasse, peço licença ao caro leitor para aproveitar o mote e trocar dois dedos de prosa sobre casos análogos. Vamos a um deles: o que significa "infante", palavra da mesma família de "infância"? Vamos lá: "infante" é simplesmente "aquele que não fala" (porque ainda não aprendeu a falar). Essa palavra, por sinal, é outra que é igualzinha nos três idiomas neolatinos que já mencionei (italiano, espanhol e português).Outro caso interessante: o da palavra "fluente". Por que se diz que fulano tem inglês "fluente"? Porque "fluente" (em que também existe a terminação "-nte") é simplesmente "o que flui", ou seja, o que corre como um líquido. Assim como os líquidos fluem, a língua flui da boca de quem se expressa com facilidade.Mais um? Vamos lá: já vimos que gerente é aquele que gere, certo? E de que verbo é a forma "gere"? Trata-se da terceira pessoa do singular do presente do indicativo de "gerir", sinônimo de "administrar", "gerenciar". Como é mesmo que se conjuga o presente do indicativo de "gerir"? Ei-lo: "eu giro, tu geres, ele/a gere..."; o presente do subjuntivo é "que eu gira, que tu giras, que ele/a gira...". E que ela gira. É isso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Encontros e Despedidas

Hoje, na estrada retornando para Campina Grande, escutei na rádio a música "Encontros e Despedidas", interpretada por Maria Rita, muito conhecida também por ter feito parte da trilha sonora da novela "Duas Caras", da Rede Globo.
Prestei atenção na letra da música e ela se mostrou bem aplicável à situação desses últimos dias, pós-eleições.
Alguns comemoram, outros tanto lastimam. Vitória e derrota. Fazem parte da vida. E são dois lados da mesma viagem, da mesma moeda. Depende do lado em que se está hoje. E sabe-se que amanhã pode ser diferente. Nada é imutável ou eterno. Nem o bem nem o mal. Nem a tristeza nem a alegria.
E viva a democracia !!!

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar

É a vida desse meu lugar
É a vida

Fotos de Eva




O tempo passa, os dias correm, as horas voam.....
Fotos de Eva tiradas essa semana.
Bjos em todos