quarta-feira, 30 de março de 2011

Slow down, Amenidetes...

Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.
Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por  resultados imediatos, uma ansiedade generalizada.
Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham  num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba
sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da  necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB,  Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar  errados, mas são eles que pagam nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que  tenha mais cultura coletiva do que eles.

Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no  hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e
ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no
terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que
chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final."

Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de  caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique
mais perto da porta. Você não acha?".

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food  International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na
Itália (o site, é muito interessante. Veja-o!).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber  devagar,saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a
família, com amigos, sem pressa e com qualidade.
A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele Representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base  para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista
Business Week numa edição européia.

A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à  qualidade de vida ou à "qualidade do ser".

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas( 35 horas por semana ) são mais produtivos que seus colegas  Americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos,  apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).

Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em
contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos  valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela
responde: - "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos."

- "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango.
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam  quando morrem enfartados, ou algo assim.

Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se  esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.

Tempo todo mundo tem, por igual!
Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque,
como disse John Lennon: - "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos  planos para o futuro"...


Quando li esse texto, escrito por um brasileiro que mora na Suécia, percebi o quanto gostaria de ter mais momentos como esse aí da foto, quando Duds descobriu que podia correr atrás das centenas de milhares de peixinhos que nadavam à beira mar. Ele corria, levantava, ria e caía, e levantava, de novo, enquanto nós só observávamos como toda essa simplicidade, que as crianças tanto entendem, é o que nos faz felizes de verdade.

TUTTY VASQUES - Informação científica

Como se não bastassem as drogas auditivas que não dão barato nenhum – tipo Reginho e Banda Surpresa, Tati Quebra Barraco, Netinho e Restart -, inventaram agora o tal I-Doser, mistura de sons em CD que promete efeitos semelhantes ao da maconha, da cocaína, do ecstasy e do orgasmo. Não admira que essa garotada louca pelo Justin Bieber fique mesmo doidona com qualquer porcaria.

Mais até que os pais, os traficantes de drogas convencionais devem estar apavorados com a concorrência que virou notícia na nova rádio Estadão ESPN. Se, como apurou a reportagem, por R$ 20 qualquer garotão de bobeira em São Paulo adquire seu I-Doser livremente nos camelôs da Rua Santa Ifigênia, só maluco de pedra vai continuar se arriscando em bocas de fumo da cidade pra fazer a cabeça. A droga auditiva leva ainda sobre os entorpecentes proibidos por lei a vantagem de não acabar após o consumo. Dá até pra fazer cópia pirata pros amigos!

Quanto aos efeitos alucinógenos produzidos pelos sons em sincronia com as ondas cerebrais da rapaziada, mal comparando, pai nenhum acreditaria que a filha engravidou porque deixou se emprenhar pelo ouvido, né não?

terça-feira, 29 de março de 2011

Grande homem

Deixo aqui um registro da minha admiração por este homem que, como poucos, teve uma postura muito digna e franca em relação à morte. Que soube lutar e agradecer a Deus por cada momento a mais que lhe foi concedido.




"Não posso me queixar, mas tenho de fazer a minha parte. Estou lutando para não morrer e estamos vencendo com a força de Deus. E seja qual for o resultado, será uma vitória nossa."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Deus abençoe as criancinhas!!

Eu e João hoje no caminho da escola:
  - João, vc não vai morder ninguém hoje não, né?! - falo eu já preocupada.
  - Vou não - diz ele bem baixinho.
  - Mamãe fica triste se morder os amiguinhos.
  - Fica triste não, mãe. Sou o tubarão, NHAC!
  - É o tubarão, não, filho, é um peixinho lindo.
  - É um peixão, mãe, NHAC!
  - Só pode morder comidinha, filho, não os amiguinhos.
  - Quer comer amiguinho, mãe, pede pra Didi fazer amiguinho assado.

Um feriado no meio da semana

Ontem tivemos um dia atípico, fomos andar de barco em plena quarta-feira, decretado o fim do expediente às 11 horas da manhã! Fazia muito tempo que não fazíamos isso, um programa tão gostoso e tão acessível, mesmo para quem não tem barco (ou no nosso caso, não seja amigo de alguém que tenha rsrsrs!!), é só pegar o velho e famoso táxi-barco para Areia Vermelha, em Camboinha, e em poucos minutos, qualquer um pode desfrutar daquela beleza. Ontem estava realmente um dia lindo, ensolarado, e Areia Vermelha estava praticamente deserta, as mesas dos bares vazias, a água quente e transparente, devia ter apenas umas duas dúzias de turistas e mais alguns vagabundos locais. Ficamos lá até cansar da vida dura, depois ficamos dando voltas pelo rio e, como sempre, eu fiquei apreciando a beleza daquele lugar, as árvores dentro da água, as casinhas rústicas na margem.



Pensei em quanto somos privilegiados em morar nesta cidade tão cheia de belezas naturais, onde tudo é tão simples, tão fácil, tão perto. Depois, paramos em um dos bares do Jacaré e uma coisa que chamou a minha atenção foram os produtos criativos que estavam sendo oferecidos aos turistas, dentre eles, uma fotografia tirada e entregue na hora por um fotógrafo profissional (vocês não iam acreditar na qualidade, pareciam fotos de editorial, lindíssimas) por apenas R$5,00; um barquinho de madeira bem simples e rústico com a foto de recordação impressa no tecido de algodão que formava a vela do barco (pode parecer brega, mas ficava bem bonito, não perguntei o preço) e, por último, um passeio de barco desde o Jacaré até o centro histórico (sai todos os dias depois do pôr-do-sol e dura uma hora, por R$25,00 por pessoa, o barco é super organizado com guia e tudo mais). Fomos embora antes do pôr-do-sol realmente começar e Jurandir começar a tocar o seu saxofone, porque apesar do dia lindo, precisava pegar João na escola.

Quanta diferença!



Para matar a curiosidade das que ainda não me viram sem o costumeiro cabelão!

terça-feira, 22 de março de 2011

GNT - The best !!!

Para mim, o GNT é o melhor canal da televisão brasileira.
Adoro todos os programas de lá, sempre interessantes, atualizados, dinâmicos. Sempre fico indignada pelo fato da "televisão aberta" não oferecer programas de similar qualidade à população em geral, que fica adstrita a programas de auditório sem conteúdo relevante, a novelas e afins.
Somos privilegiados pelo acesso ao GNT, através da televisão paga/por assinatura, e devemos tirar o melhor proveito possível disso.

A partir desta semana, o GNT está com uma nova grade de programação para as noites, inclusive com novos programas. Os dias foram divididos por temas, assim:
segundas - Estilo (que quer dizer moda também, obaaa !!)
terças - Estar Bem (saúde)
quartas - Comportamento
quintas - Casa e Cozinha
sextas - livres
domingos - atualidades

(Alôoo... e os sábados ??)

Estão previstos novos programas com Julia Petit, Mariana Weickert, Luana Piovani, Diana Bouth (sobre maternidade !), Fernanda Young (viagens e imprevistos), mantendo, ainda, Lilian Pacce (com todo seu know-how) e Astrid Fontenelle (agora nos aeroportos).
Mais pode ser conferido aqui: http://gnt.globo.com/maisdatv/Guias/Nova-grade-do-GNT-traz-um-tema-a-cada-dia-da-semana--Conheca-os-programas.shtml

Men, don´t worry ! Li que a intenção do GNT é também agradar ao público masculino e que novos programas surgirão destinados a vocês, como, por exemplo, um "Saia Justa" masculino. Aguardem !!

P.S.: Não é merchandising, não fui contratada (infelizmente !!hehehe), mas é que comungo do entendimento de que novidades devem ser imediatamente compartilhados aqui no Amenidades !!!

Bom proveito ! Divirtam-se !!

De mocinho a vilão...

Na segunda semana de aula, aconteceu o primeiro incidente: João levou uma mordida de um colega da sala. Lá estava a marca roxa no pescoço, e a professora foi logo dizendo que deve ter acontecido porque João estava se debruçando sobre o tal menino-vampirinho. Tudo bem, nada demais... Depois de mais uma semana, mais duas mordidas em dois dias consecutivos, mais uma vez plenamente justificados pela professora: João é muito carinhoso, fica abraçando os colegas e demora a soltá-los. Pediu, inclusive, para que eu conversasse com ele a respeito, para diminuir suas demonstrações de carinho. A resposta que demos a ela é que dificilmente poderíamos mudá-lo, porque ele realmente é assim com toda criança que encontra, mas que ela não se preocupasse com as mordidas, pois entendíamos que fazia perte do convívio e, no final, elas é que o ensinariam o quanto e a quem caberia seus efusivos carinhos.

Ontem fui buscá-lo na escola, e a professora veio logo conversar comigo: João tinha mordido duas crianças. Exatamente os dois colegas que haviam lhe mordido antes. E ela apressou-se em dizer que  não houve motivo algum, que as vítimas nada lhe fizeram; de uma maneira muito leve e quase gentil, insinuou que ele deve ter sido orientado em casa para executar essa vingança. Eu lhe disse apenas que, na escola, foi a primeira vez que João mordeu alguém e que também foi mordido; e que, se ele mordeu, é porque deve ter se lembrado das mordidas que levou, dado o seu temperamento extremamente carinhoso que ela já conhecia, mas que iria, de toda forma, conversar com ele em casa e reforçar as orientações positivas. Joãozinho, ouvindo a conversa, só fazia repetir como um réu confesso: "Eu mordi, mamãe, mordi o colega!"

Na hora do jantar, comentei com todos daqui de casa o que tinha acontecido, meio transtornada pela acusação da professora e eis que Pedro, Nevinha e Maria se revelam os mentores do crime: tinham instruído João para que toda vez que ele fosse mordido, mordesse também; toda vez que apanhasse, batesse também. Eu logicamente briguei com os três e comecei a debulhar todo o meu discurso psicopedagógico sobre educação e ética, falei, falei até que Clarinha disse: "Tá bom, mãe, o jogo tá 3 a 2, mas João tá quase empatando!"

quinta-feira, 17 de março de 2011

Conheça dez maneiras de amar a Paraíba instantaneamente

Conheça dez maneiras de amar a Paraíba instantaneamente
(extraído de http://www1.folha.uol.com.br/turismo/889610-conheca-dez-maneiras-de-amar-a-paraiba-instantaneamente.shtml)

O caderno de Turismo desta quinta-feira (17) explora o Estado brasileiro nordestino da Paraíba. Veja abaixo quais são as atrações imperdíveis para o visitante na região.
*
10º - Niemeyer na Paraíba

Nem só de grupos escolares vive a Estação Ciência de João Pessoa. Vale visitar para conhecer o complexo projetado por Oscar Niemeyer, que foi aberto em 2008. Nesta semana, estão em exposição gravuras de Heloísa Pires. Hoje, será aberta a exposição "Simplesmente Mulher". Fica na avenida João Cirillo da Silva, s/n, em Cabo Branco

9º - Bistrô paraibano

Um bistrô no centro de Bananeiras, que utiliza técnicas requintadas em pratos de ingredientes regionais. A ideia do casal Aurélio e Paula deu certo. Resultado: o Sabor e Vinil vive cheio. Tem gente de outras cidades (e Estados) que pega a estrada só para provar pratos como o filé de tilápia com crosta de gergelim em redução de jaboticaba picante e o risoto de pesto brejeiro com cachaça. O prato mais caro custa R$ 18

8º - Sabor regional

Em João Pessoa, não deixe de conhecer o restaurante Vila Cariri (www.vilacariri.com.br), um dos melhores da cidade para provar a culinária regional. Destaque para os pratos com feitos com carne de bode. Se preferir um clima de praia, vá ao Canyon de Coqueirinho (www.restaurantecanyon.com), no Conde. Ali, prove a moqueca (R$ 80), que serve bem duas pessoas. Se der sorte, a mãe da dona também estará por lá, preparando bolinhos de arroz e tortas de banana

7º - Mercado Municipal

Nenhuma viagem fica completa sem uma passadinha pelo mercado municipal. Aproveite a simpatia dos vendedores do mercado de João Pessoa para provar sabores como os da seriguela, do cajá e da mangaba. O mercado passou recentemente por uma reestruturação. Está mais organizado e mais bonito. Se o passeio abrir o apetite, vá até a praça de alimentação e prove o sabor da Paraíba juntos aos locais

6º - Bar da Fava

Todos os dias dona Detinha cozinha fava. E todos os dias aparece alguém lá para provar. A fama se espalhou por Bananeiras, e agora dona Detinha abre as portas de casa para receber os comensais na sua pequena sala. É só chegar, bater palmas, gritar "ô, de casa!", e se deliciar. A caneca com o caldinho, para uma pessoa, custa R$ 2,50. Ela recomenda também o toucinho, a buchada e as cachaças da região

5º - Festa no interior

Em Bananeiras, as festas populares têm sabor diferente. O Carnaval é tranquilo, com crianças saindo às ruas de máscara para brincar com turistas e moradores em troca de balas ou alguns trocados. No São João, a festa se estende por todo o mês de junho, com novenas, apresentação de quadrilhas, muita canjica e pamonha

4º - Caminhos dos engenhos

A cachaça paraibana já está entre as melhores do país. Um roteiro pelos engenhos é rico em sabor e história (leia mais na página ao lado). Estando em Bananeiras, não deixe de ir ao engenho da cachaça Rainha e ao engenho da Cobiçada. A visita pode ser agendada pelos telefones 0/xx/83/3231-9877 ou 0/xx/83/3241-3105

3º - Conjunto São Francisco

Um dos complexos barrocos mais importantes -- e impressionantes -- do Brasil. Tire pelo menos uma hora para visitar o conjunto que começou a ser construído em 1589, mas só foi finalizado em 1778. Ele abriga o adro da igreja de São Francisco, o convento igreja de São Francisco, o cruzeiro da igreja de São Francisco, a fonte de Santo Antônio, a igreja de São Francisco e o relógio de sol. Na praça de São Francisco, s/n, no Centro

2º - Rota de ateliês

Apareça na casa de artistas paraibanos como Clóvis Junior (www.clovisjunior.com.br) e Flávio Tavares, e do pintor, escultor e ceramista pernambucano (mas paraibano de coração) Miguel dos Santos (www.migueldossantos.com.br). Este último assina a obra "A Pedra do Reino", em homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, que fica no centro de João Pessoa. Ligue antes para marcar sua visita: Clóvis Junior (0/xx/83/9332-3810); Flávio Tavares (0/xx/83/3226-5022) e Miguel dos Santos (0/xx/83/3241-2080).

1º - Buchada de bode

Ir embora da Paraíba sem provar a buchada de bode do seu Josa, com mais de 60 anos, é o mesmo que não ir à Paraíba. Ele vende caldo de mocotó, buchada de bode e picadinho de porco na feira do Tabuleiro aos domingos, em Bananeiras. Às 8h da matina já tem gente mandando ver nas delícias. Cada prato custa cerca de R$ 4. O trabalho é em família: o filho mata o bode, a mãe cozinha e o pai vende

quarta-feira, 16 de março de 2011

BRAULIO TAVARES , para dar um ' clima '

Medo de alma


Por que temos medo de alma do outro mundo? Pergunta que todo psicanalista deveria fazer aos clientes. Pouparia tempo e esforço aos dois. Uma réplica muito frequente seria: “E quem lhe disse que eu sequer acredito na existência delas?”. Diante do que, caberia ao doutor perguntar: “Por que não acredita?”. Encurralado por essa pergunta, eu, no divã, diria algo como: “Porque acredito que nós não temos alma. Somos apenas um corpo.” E ele: “Quer falar sobre o seu corpo?” E aí começaria a desenrolar o fio freudiano que conduz ao minotauro.
São várias as razões para ter medo. 1) Que a alma nos leve para o outro mundo. 2) Que ela nos demonstre (desmoralizando-nos) que o outro mundo existe, sim. 3) Que pelo fato de estar no mundo transcendental ela tenha tido acesso a uma versão resumida da Onisciência Divina e saiba uma porção de coisas que fizemos e pensamos. 4) Que ela prove, ao provar a existência da alma, que o corpo, “este excelente, completo e confortável corpo” (Drummond), não passa de ilusão; 5) Que o contato com algo que não existe prove simplesmente que você ficou doido. (Vide o argumento do cara que não viajava de avião: “Não tenho medo de que o avião caia. Tenho medo de morrer de medo.”).
Não: as “almas do outro mundo” pertencem a uma categoria, os corpos deste mundo a outra. As almas são projeções feitas por nós mesmos, e é o cacoete religioso que nos faz dar-lhes uma origem sobrenatural. Pergunte, a qualquer sujeito que já viu uma alma do outro mundo, como era a aparência dela. Ele dirá algo como: “Era meu avô, juro! Reconheci a barba branca dele, o rosto quadrado, o chapéu que usava... Estava com um casaco escuro, de bengala, parado perto da escada do porão”. Ou então: “Vi a alma da antiga dona da minha casa! Estava segurando uma vela acesa na mão, com um vestido do século 18, um xale branco...”
Quem melhor equacionou essa charada metafísica foi Rudyard Kipling no seu conto “O Riquixá Fantasma” (1888). Nele, o protagonista vive assediado amorosamente por uma mulher que não larga do seu pé, e vive no seu riquixá (uma espécie de carroça indiana) a assediá-lo. A mulher morre. Tempos depois, ele vai andando na rua e vê a morta, no mesmo riquixá, ainda a persegui-lo. E ele se pergunta: “Peraí... eu estou vendo a alma dela... mas o riquixá também tinha uma alma?!”.
É curioso que, quando vemos a “alma” de nossa bisavó ou de um escravo que morreu no engenho, essas almas estejam sempre vestidas, e nunca nuas. Se o que vemos fosse de fato a projeção visível de sua alma imortal, essa projeção deveria se deter nos limites do corpo biológico do falecido, porque a alma corresponde ao corpo. Não existem a alma do paletó, a alma do chapéu, a alma do colete, a alma do vestido, a alma dos sapatos... Não, minha gente. Se o fantasma aparecer vestido, é mera projeção alucinatória do nosso inconsciente. Agora, se a alma de Marilyn Monroe aparecer nua em pelo na minha frente... eu ajoelho e rezo.

Vale a pena sempre lembrar...

"Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário."
(Terceira Lei de Newton)

ou

sábado, 12 de março de 2011

Fashionitas a Postos

Ala feminina,
fiquemos atenta para usufruir, em breve, o melhor do fast fashion nacional.
Dentro de dez dias, a C&A coloca em suas prateleiras a coleção feita apenas por Stella McCartney.
No dia 03 de abril, é a vez da Riachuelo lançar a sua coleção by Cris Barros - que tem tudo para arrasar !
Quando forem às compras, não se esqueçam das amigas campinenses, viu ??

sexta-feira, 11 de março de 2011

Amor à distância

Aproveitando que estamos às vésperas do fim de semana e a ausência do meu maridóvski, que foi passar os 70 anos da minha sogra mais que querida com ela, indico um filme que assisti hoje de madrugada, assim que Tiago pegou o táxi para o aeroporto. Não sei se estava literalmente no clima, mas amei essa comédia romântica (Going the Distance, 2010) com Drew Barrymore e o gatíssimo Justin Long. Uma história de amor que começou ao acaso, naqueles dias em que nada se espera, passa por percalços, enfrenta a distância e... não vou contar o final. Mas ri, chorei, me emocionei como há muito não ocorria, com as cenas de um amor quase real, que amadurece com o tempo, que dá palpitações, com os personagens tão bem definidos, divertidos, leves,  como tanta gente que temos a sorte de conhecer mundo afora e que faz revitalizar um raio de sol adormecido dentro de nós mesmos.

Deixo um beijo neste post pra Deda, minha amiga querida que me liga pra dizer que estava sombria e, por tanta sinceridade, me faz querer ter um colorido de volta. Você merece rios de felicidade, minha flor.

Tirando a teia de aranha...

Quase todos os colaboradores deste blog, incluindo eu mesma, passaram o carnaval por aqui mesmo, todo mundo descansando, aproveitando os dias a mais de lazer e relax e, pelo jeito, ainda não pegaram no tranco novamente rsrsrsr!!! Alguns adoentados, outras cuidando de doentes, muitas planejando viagens, outros atarefados com seus trabalhos,enfim, todos parecem ter um bom álibi para terem relegado nosso querido blog! Mas eu hoje criei coragem para postar!!

Queria falar primeiro sobre a quaresma que começou nesta quarta-feira de cinzas e que representa um período muito importante para todos os cristãos, um tempo de reflexão, de preparação para a grande festa da Páscoa, tempo de pensar em quem temos sido, em como temos nos relacionado com Deus e com os outros. Tempo em que podemos oferecer um sacrifício de louvor a Deus, que pode ser um perdão a alguém, uma atitude caridosa a uma pessoa necessitada, pode ser uma mudança de atitude em relação à vida e às pessoas que convivem conosco, podemos dar mais atenção a alguém da nossa família ou nos privar de alguma coisa que nos dê muito prazer como forma de penitência, podemos procurar rezar um pouco mais nestes dias, devemos silenciar ainda mais, acalmar nosso coração, voltar um pouco nosso olhar para esse Cristo tão maravilhoso... Enfim, independente da crença e da fé de todos que leem e participam deste blog, vou deixar durante esse período um trecho da liturgia diária na caixa de conversa todos os dias.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Beach Park

Chegamos nesta madrugada de Fortaleza, depois de cinco dias de folga no Beach Park. Clarinha diz que eu não tenho sorte, porque todas as vezes que vou lá, nunca consigo aproveitar muito, pois na primeira vez, era muito nova, e o parque não era tão bom; na segunda, estava grávida dela; na terceira vez, grávida de João e agora, estava indo com eles três! Posso dizer que, apesar da trabalheira, esta foi a mais divertida!



Todos os dias, João falava que queria tirar uma foto com o tubarão, mas
fomos embora, e ele não teve coragem !

Ficamos novamente no hotel do complexo, o Beach Park Suites, que é muito bom, eles tem outro mais novo, o Acqua, mas não sei por que não acho tão animado e cheio de gente como o Suites. Pra quem vai com criança, recomendo pegar um apartamento no térreo, perto das piscinas e do clubinho. A nossa varanda dava para a entrada do clubinho, e João já abria a porta e ia para lá sozinho! O clubinho foi maravilhoso, teoricamente João não podia ficar lá sem a companhia dos pais, pois não tinha idade suficiente (o grupo Kids vai de 4 a 8 anos, o Radicais, de 8 a 12 anos e o Teens, de 13 anos em diante), mas ele se entrosou tanto com os monitores e com algumas meninas da idade de Clara que participou de quase todas as atividades, de pintura a aula de culinária! Os monitores foram todos muito atenciosos e adaptavam as brincadeiras como podiam para que ele participasse. Clarinha, então, nem as refeições fazia conosco, só deixava a programação do clubinho para ir ao parque aquático. Mas quem vai com crianças pequenas também tem à disposição uma ótima brinquedoteca e uma copa muito bem equipada, com todos os utensílios e bancada devidamente esterilizados, que disponibiliza inclusive os mais variados tipos de leite.



Livre, leve e solto!!


Aprendendo a fazer pão e desenhando na sede do clubinho.


Nos dois primeiros dias, João deu um certo trabalho, ora não queria tomar banho, ora não queria comer ou se vestir, enfim, acho que era excitação por tanta coisa nova (a viagem de avião, a maior quantidade de piscinas que já vira na vida, novos brinquedos, novo ambiente...) em tão pouco tempo. Depois entrou no ritmo e já estava acostumado à sua nova e doce rotina de brincar e tomar banho de piscina o tempo todo! As aulas de natação fizeram uma grande diferença, ele estava muito mais confiante nas piscinas, e nós, bem mais tranquilos.


Ele descia morrendo de rir nos escorregadores, rodopiando e se batendo todo;
Clarinha como sempre fazendo mil poses!



No último dia, ainda fizemos um passeio de buggy, tem várias lagoas e dunas bem perto de lá, e os meninos adoraram. Em uma das lagoas, tem até um "insano natural" - descida de 35 metros de altura (em alusão ao Insano do Beach Park, a atração mais radical, um escorregador quase vertical de 41 metros) - e um esquibunda.

No alto das dunas!


Eles foram de frente, de costas, só faltaram ir em pé; até João
se arriscou no esquibunda.


É uma canseira enorme arrumar todas as malas e depois desarrumá-las, cochilar nos aeroportos, se molhar e se secar mil vezes por dia, perder as contas de quantas vezes tive que passar protetor solar em cada um, subir até cansar as escadas dos tobogãs, zanzar pelo parque o dia inteiro ... Mas é inevitável mal chegar e começar a planejar a próxima viagem, a nova oportunidade de passar por tanta canseira e alegria de novo!!