terça-feira, 8 de novembro de 2011

Diz-me como diriges, e eu te direi quem és...

Eu tenho uma tese sobre os motoristas no trânsito, baseada na minha experiência pessoal de dirigir uma média de 70 km por dia, nos mais variados horários e lugares da cidade. Excluindo apenas os motoristas de ônibus e de táxis, cujo ofício é dirigir, e os motoqueiros, que são imprudentes por natureza, cheguei à conclusão de que é possível conhecer a personalidade dos motoristas pelo modo como dirigem seus carros.

A começar por mim, segue uma sucinta análise : sempre apressada, como se fosse o coelho branco de Alice, cautelosa, mas impaciente com a lerdeza alheia; só estaciona em lugares permitidos, mas nunca dá a vez para os motoristas que não tiveram a paciência de esperar na faixa certa.

Há os motoristas lerdos, que dirigem como se tivessem todo o tempo do mundo, e eles podem até ter, mas não sabem se os outros carros também tem! Por isso, como na vida, no trânsito é preciso seguir o fluxo. Se está tudo lento, tentemos desacelerar, mas se o ritmo está mais intenso, vamos nos esforçar para não ficar para trás.
Há os donos da rua, que se julgam acima dos demais e por isso podem andar nas duas faixas, obstruir uma rua, trancar outros carros no estacionamento, entre outras coisas do tipo. Normalmente os motoristas dessa espécie tem carros muito caros, o que só incrementa a sua síndrome de superioridade, não preciso nem dizer que são pessoas egoístas, que não tem o menor senso de comunidade.

Há os indecisos, que decidem no último instante para que lado vão dobrar, que nunca sabem em qual faixa ficar; há também os despreocupados que dirigem papeando no celular, olhando para as lojas, carros e pessoas na rua.
 Há os motoristas humanitários, que saíram na rua para fazer o bem ao próximo, são gentis ao extremo, dão a vez para todos os carros que quiserem entrar na sua frente, não se incomodam nem quando perdem uma vaga para estacionar. Em contrapartida, há os irritados, que parece que acordaram com o pé esquerdo, estão sempre buzinando, reclamando, balançando suas mãos para fora do carro como forma de indignação.

Há os competitivos, que sempre querem acelerar mais que os outros e que quando conseguem estacionar em uma vaga concorrida, saem do carro se gabando, olhando para os lados com ar de "eu sou demais, o universo conspira a meu favor".
Há os covardes, que querem se impor pelo tamanho dos seus carros ou pela potência dos seus motores. Há ainda os despreparados que não sabem mesmo dirigir bem, não tem reflexos rápidos e atrapalham muito o trânsito.

Mas assim como nossa personalidade é composta de diversas características, podemos nos comportar das mais variadas maneiras no trânsito, a depender do nosso humor, do nosso tempo, dos acontecimentos do dia e até mesmo da nossa saúde. Mas como na vida, é preciso reconhecer seus pontos fracos, tentar corrigi-los, ser paciente ( a paciência tudo alcança!!) e prudente e principalmente respeitar os outros.

                                                                                

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