segunda-feira, 16 de maio de 2011


"Muitas vezes, em viagem, é ótimo deixar os mapas, guias e planos de lado. Deixar-se levar pelo acaso e percorrer as trilhas da aventura. Descer em uma estação ferroviária, numa cidadezinha localizada em uma região promissora, sem saber muito do lugar; dirigir por estradas secundárias entre grandes cidades, procurando desvios e recantos; sair a esmo em um porto repleto de marinas e piers transformados em lojinhas, ler um jornal ou revista em um café olhando as pessoas passarem ansiosas por cumprir seu horário de trabalho enquanto desfrutamos do ócio jogados em qualquer canto do planeta.
Viajar é fazer coisas diferentes. Dormir até mais tarde ou acordar cedo por uma boa causa; comer coisas estranhas e desconhecidas; voltar para o aconchego de um recanto familiar perdido no fim do mundo; olhar vitrinas repletas de coisas com rótulos e cartazes escritos em uma língua da qual sequer entendemos as letras. Isso é viajar.
Largar-se no mundo disposto a procurar - e descobrir - algo diferente em termos de sensações, estética, hábitos. Sem hora, sem data, sem destinos rígidos. É preciso abandonar-se completamente ao ócio e deixar que a teoria do caos governe nossa existência por um tempo. Sentir-se estranho em um lugar estranho - ou familiarizado, talvez - depende de você, de seus sonhos e desejos. É preciso percorrer os insólitos caminhos das terras distantes de nossa casa para lermos as outras páginas do livro do mundo.(...) Um turista que se guie apenas pelos roteiros convencionais dificilmente vai descobrir preciosidades. É preciso saber consultar guias turísticos especializados ou algum morador da região que o leve por essas trilhas e labirintos que complementam qualquer viagem pretensamente menos estereotipada ou superficial. 
Há vários prazeres envolvidos na arte de se descobrir algo fora dos roteiros turísticos convencionais. São delícias como privacidade, tranquilidade, sossego, exclusividade e surpresa em desvelar delícias nunca imaginadas. Nem sempre isso envolve preços elevaods ou contatos exclusivos. Claro que alguns desses lugares são caros e destinados a sócios ou convidados VIPS, mas existem milhares de lugares descolados, excelentes e acessíveis à classe média com uma percepção e estilo acima do mediano. Isso se adquire aos poucos, conhecendo, errando, mas elaborando continuamente um mapa de possibilidades". 
(Trechos do livro Cultura & Elegância - Editora Contexto, um manual que, entre outros temas, aborda Grandes destinos que você precisa visitar, Pequenos lugares inesquecíveis que você precisa descobrir, Museus imperdíveis pra você desfrutar, Como se comportar, Como receber, Como saber o que vestir).

Tati e Herbert abriram a temporada de viagens das Amenidetes na França. Ontem, Pri e Deda rumaram à cosmopolita e tentadora Nova Iorque; daqui a um mês iremos passar o Dia dos Namorados no Chile (eu, Vale e Deda e respectivos maridos). Depois é a vez de Guga e Crispa comemorarem os 15 anos de casados na Cidade Luz e, por fim, Rê, Léo, Valéria e Fúlvio rumarão também para a Europa. As viagens são oportunidades perfeitas de olhar pra fora, pro que é novo, e pra dentro; que esses caminhos nos agreguem ainda mais vontade de explorar essa vida tão rara.  E, principalmente, que voltemos melhores do que fomos.  

2 comentários:

  1. Tem poucas coisas nesse mundo tão boas quanto viajar...E pra mim tão bom quanto a viagem em si é o seu planejamento, não sou a favor de viajar assim tão despretensiosamente como sugere o texto, mas tb não faço das minhas viagens uma excursão rígida e monótona. Em 2001, quando fomos a Bariloche e conhecemos Duia e Luiz, por exemplo, mudamos toda nossa programação e encurtamos nossos dias na neve só pra passar mais uns dias com eles em Buenos Aires, chegamos lá de surpresa e foi muito divertido, valeu a pena! De toda forma, ter um roteiro pode poupar um bocado de tempo e dinheiro - duas variáveis importantíssimas quando estamos viajando!

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  2. Precisamos combinar a proxima viagem estilo TODOS-JUNTOS!

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