quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

To be(lieve) or not to be(lieve)? That is the question!


Algo anda entalado na minha garganta já há algum tempo e vou desentalar agora. É sobre ateus, agnósticos e outros do gênero. Não repugno o grupo, não o incrimino, não lhe sou intolerante, não o discrimino de forma alguma, em que pese eu ser cristão católico. Aliás o fato de ser cristão católico nem deve pesar, afinal o próprio Deus nos dá o livre-arbítrio e nos orienta a não julgar ninguém. Entretanto, quer-me parecer que muitas pessoas, especialmente adolescentes e jovens adultos ─ note-se que a adolescência é fase da vida com tendência natural ao ateísmo, segundo a psicologia (psicólogos, me corrijam se eu estiver errado) ─, optam por declarar-se "ateus" ou "agnósticos" pelo, digamos assim, simples "status intelectual" que se confere a quem assim se declara. Óbvio, existem muitos ateus intelectualíssimos, não estou questionando isso, mas existe muita gente que escolhe o ateísmo para dar um falso up grade no QI. A estes: se vocês não acreditam em Deus, acreditem que não acreditar em Deus não vai fazer ninguém acreditar que vocês são inteligentes. Declarar-se ateu da noite para o dia não confere inteligência automática a ninguém; em verdade, intelecto não é nada automático, é algo que se constrói a cada dia, comendo livros, pesquisando, perscrutando, questionando, estudando muito. Mas há quem se “converta” ao Ateísmo ou se “desconverta” de sua religião sem estudar, questionar, perscrutar e buscar entender alguma coisa, celeremente convencidos por alguma professora de História, quando falava da Idade Média, ou por algum professor de Biologia, quando contrapunha o Criacionismo Cristão ao Evolucionismo de Darwin. Na minha opinião, esses neo-ateuzinhos do Ensino Médio corroboram exatamente a falta de intelecto formado e concreto, a falta de espírito questionador à autoridade do professor e a “influenciabilidade” e ingenuidade do grupo. Aliás, não está nos gibis o número de professores que usam as salas de aula para converter, desconverter ou angariar militantes para o partido a que são filiados. Educação é coisa séria, e não é papel do professor ir de encontro à formação religiosa ou política que o aluno recebe em casa. É passar o conhecimento que devem passar com razoabilidade e pronto. No mais, eduquem os SEUS filhos como queiram. E eu falo sobre tudo isso por experiência própria, não é estudando ou julgando alguém em específico. Na época do Ensino Médio, fiquei extremamente questionador, doido pra dizer que era ateu ou agnóstico (o ateu cagão), especialmente depois que fiz Zarinha (uma ateia intelectual de verdade, mas que também faz aquele uso da sala de aula) e que tive alguns outros professores ateus e agnósticos de História, Biologia ou até de Literatura. Aí fui questionar minha mãe, meu pai e religiosos sobre tudo isso. Pesquisei lá, ali e acolá, e percebi, com o coração e não com um microscópio ou acelerador de partículas, que Deus existe, mas que a fé é absurda, absurda mesmo, e Deus nunca negou o “absurdismo” da fé. Chega a ser tão absurda quanto o ateísmo! Sim, porque se os cristãos não provam em laboratório a existência de Deus, os ateus também não provam Sua inexistência. Mas é a fé um caminho mais doce, mais belo, mais iluminado e mais feliz que as veredas ateias, a meu ver. Não quero com esse texto dizer que ser ateu é crime ou é feio. Quero aqui sugerir que, antes de decidir pelo ateísmo ou por permanecer em algum “teísmo”, porque essa é uma decisão séria, façam um pesquisa imparcial, sem direcionamento prévio a uma resposta que vocês não conhecem. Não vão pesquisar já querendo essa ou aquela resposta. Leiam, estudem, consultem estudiosos de ambos os lado, porque padre e pastor estudam muito, e há muitíssimos intelectuais religiosos, e até orem antes de decidir, afinal geralmente se cresce crendo e se crê até descrer.

4 comentários:

  1. Dudu, acho, sinceramente, que essa fase de querer ser ateu ou demonstrar ser cético e até esse pseudointelectualismo em se declarar um ou outro por influências, felizmente faz parte da vida. Então, mais do que revolta, indignação ou raiva, cabe a nós pedir a Deus que acomode nessas pessoas o lugar da fé ou, até mesmo, da ausência da fé nelas. Outro dia, li uma frase de Allain de Botton, um filósofo suíço, em que ele dizia que até queria acreditar em algo, porque a religião ajuda a amenizar sofrimentos. Eu respeito até aqueles que dizem não acreditar em nada, mas que em momentos de perrengue pedem uma mãozinha a Deus, rezam quando um filho está doente. Eu peço a Deus para essas pessoas vivam e experimentem a paz que você acha na religião, por exemplo. Mas acho que nossa obrigação como ser humano é semear o bem, o amor. Isso já é melhor que qualquer pregação ou autodefinição, afinal tem tanta gente dentro e fora das igrejas fazendo o mal...

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  3. Vcs simplismente acham as coisas. Cada pessoa tem um cérebro e pensam por si mesmas, nada a ver dizer que é fase. Ser ateu é fase? Ok, pra vc q é católico, ser gay também deve ser fase.

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  4. Cara Allyne, sua redação truncada explica sua interpretação simplória e deturpada. Convido você a ler novamente meu texto e o comentário da colega Nívea com mais atenção, a fim de mudar suas deduções. No mais, gostaria de informá-la que uma das propostas do blog é que os colaboradores expressem o que acham, o que pensam e o que sugerem livremente, enfim, aqui no blog não se vive uma ditadura, mas uma democracia das boas, e cada um fala o que quer, com razoabilidade, logo, simplesmente achar isso ou aquilo nos é permitido. Aliás, o fato de cada pessoa ter um cérebro e pensar por si mesma, como você afirmou, é o que possibilita que elas "achem as coisas", que elas tenham opinião. A propósito, respondendo ao seu achar, não acho a homossexualidade uma fase, mas creio que seja algo inato. Atenciosamente.

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