segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sobre união e gratidão.


A mesa principal, ainda sem o bolo; as mesas de guloseimas e lancheirinhas, de docinhos
e a dos presentes.

Nesse último sábado, teve a festa para todas as crianças acolhidas pela Comunidade Filhos da Misericórdia, lá na Terra da Natividade, que fica bem perto de Mata Redonda. Foi uma festa linda, em que as crianças realmente se divertiram. Uma tarde feliz, graças à colaboração de tantas pessoas, que doaram roupinhas, brinquedos, comidas, seu tempo e dinheiro. E durante a festa, eu só pensava em quantas vidas Deus havia tocado através daquele projeto tão lindo, de retirar mães e filhos do mundo das drogas. Na quantidade de tantos outros projetos que surgiram e já se concretizaram a partir desse. Pensei em como as coisas acontecem, quando as pessoas decidem verdadeiramente se unir por um objetivo comum, em como tudo ali na Terra foi conseguido e construído a partir de pequenas e grandes doações : as casas, os móveis, o refeitório recém-inaugurado, a igreja, enfim, toda a infra-estrutura e sustento diário das pessoas que moram ali. Pensei na beleza das vocações de Padre George e de todos os outros missionários. Pensei em como a vontade de Deus se realiza, a despeito dos erros, das falhas e das limitações humanas!

Pensei em tudo isso e agradeci a Ele profundamente por estar ali, por poder ser testemunha de mais uma obra Sua. Agradeci por tudo de concreto, que estava ali diante dos meus olhos e principalmente por toda a beleza invisível e indizível, que só o coração consegue enxergar. 

Lembrei da primeira vez que fui na Terra, há alguns anos, quando só havia duas ou três casas construídas. Naquele dia, fui tomada por uma grande alegria e por uma sensação de esperança inexplicável e, nesse final de semana, percebi que, desde então, esses sentimentos nunca deixaram o meu coração. A euforia inicial deu lugar a um comprometimento verdadeiro, racional e ao mesmo tempo passional, diante de tanto trabalho que há para ser feito. E para não cairmos na tentação de pensar que nossa colaboração individual não representa muita coisa, temos que ter em mente a frase de Madre Teresa de Calcutá, que dizia que "por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor, se lhe faltasse uma gota."

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