quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Capoeira Salve! Guga Salve! Viva Guga!"


“Capoeira Salve!”
Eu não poderia começar este post-carta com outra expressão que não esta, pois ela faz parte de uma lembrança antiga, dos meus 4 ou 5 anos, e, pelo pouco que sei, a gente, dessa idade, só lembra coisas marcantes, pessoas marcantes, fatos marcantes, que despertam uma alegria gostosa ou uma tristeza profunda...
Mas o “Capoeira Salve!” faz parte de uma lembrança maravilhosa, numa noite na varanda da casa do Bessa, com uma pessoa maravilhosa, que é você, Guets, sem dúvidas alguém importante pra mim, desde a época em que você me ensinou o toque de capoeira, em que a gente bate no peito com a mão direita e diz em voz tonitruante um enérgico “Capoeira Salve!”, até hoje!
Guga é uma pessoa surpreendente em tudo quanto há de aspecto: não há quem diga que ela jogou basquete e lutou capoeira; é alguém nos presenteia sempre com coisas super-legais, bem boladas e pessoais, que advinha que a gente quer um post no aniversário e prepara um bem lindo, alguém que até nos dá um susto, jogando uma mesa de buraco na gente, se a gente aperrear demais ela (desde que ela esteja perdendo, é claro, porque ela é bem ruinzinha ganhando, uma competitiva da pior qualidade, como eu kkkkk)...
Guets é, simplesmente, uma pessoa especial pra mim. Eu vejo em Guets pureza e uma beleza espiritual inenarrável; simplicidade, sinceridade e carinho...a tia torta que eu amo tanto; que me levava para assistir todos os filmes infantis que lançavam no cinema, sobremaneira os de Harry Potter; que faz o melhor brigadeiro do mundo; que fica lesa que só um drogado quando tem sono ou, pior ainda, quando toma Celestamine e fica com sono, daí começa a falar enrolado e ri até de uma brisa que passa; que é cheia de alergia e “atchins”, junto com Peu, Txuca e Júnior (Joãozinho parece-me ter escapado); que é friorenta e que, quando minha mãe e meu pai viajaram pra Salvador, foi dormir lá em casa e deixou a porta só dois dedos abertos para passar o vento, e ainda amanheceu com o nariz vermelho e com frio; que escreve divinamente bem e descreve as pessoas como Tolkien não consegue descrever seus cenários; que faz cartinhas carinhosas e inesquecíveis; que ama Drummond e me ensinou a gostar de Fernando Pessoa, com “Tabacaria”; que canta, com a bela e afinadíssima voz que tem, “Escrito nas Estrelas”, de Tetê Espíndola; que alegra todos nós quando vem aqui em casa; que faz comidinhas gostosas quando a gente vai pra lá; que é uma super-mãe, super-mulher, super-filha, super-amiga, super-irmã, super-tia, super-cunhada...(quem tiver lendo, pondere, e veja se ela realmente não é super em cada um desses itens); que é organizada, controlada, meticulosa, detalhista e perfeccionista, além de inteligentíssima (e eu amo e aprecio cada uma dessas qualidades); que desenvolveu uma técnica ultra-power para não sair de olhos fechados nas fotos como outrora: ela fecha os olhos, sorri de olhos fechados, e alguém diz "-Já!" na hora exata que for apertar o botão e disparar o flash; que tem uma devoção a Deus e uma louvável fé Nele; que é solícita, prestativa, pau pra toda obra e sempre presente em todas as ocasiões importantes de sua vida, desde um carnavalzinho do colégio à minha formatura do ensino médio; que está com quem ela ama nas horas tristes, nas horas felizes, nas horas todas; que realmente chora com você, de cair lágrima, quando você está triste, mesmo se estiver feliz, e dá gargalhadas junto com você se lhe vir feliz, mesmo se estiver triste; ela que, quando tá jogando e perdendo e eu aperreando, me olha com os olhos semi-cerrados com que certa vez olhei um prato, trinca os dentes num bico, fica vermelha, esbugalha os olhos e grita em gasguita voz um sonoro “Carlos Eduardo! Pare, senão eu lhe mato!”, quando não resolve virar a mesa! Ela, que nem se chama Augusta ou Gustava, mas, mesmo assim, é nossa Guga, mais até que Manuela.
A ela, que é minha tia torta querida — Ah! E se saliente que o “torta” seja tido como um “melhorante”, porque quem disse que torta é ruim? Leia-se “minha tia Torta Esplendor, então —, eu desejo uma vida abençoada, com felicidade constante e alegrias sem limites... A ela, que tem gostos parecidos com os meus, que me influenciou em tantas coisas, com quem eu me pareço em alguns aspectos, mesmo me diferenciando em muitos outros; a ela, cuja família é linda e cuja casa é aconchego, a ela, uma pessoa linda, com uma alma linda, de gestos lindos, eu saúdo com um feliz aniversário, desejando tudo o que eu desejo a mim mesmo: a acepção mais verdadeira e intensa de um “tudo de bom”.
Eu devo responder, por fim, à pergunta um tanto inconveniente — “Cadê meu presente?” ou algo assim — que um menininho fez à sua nova tia, quando ela passava, de mãos vazias e toda nervosa, pela porta que dava para a festinha de 5 ou 6 anos dele: — Menino bobo, ela não precisa levar presente algum, porque ela própria já é um presente, uma graça de Deus para sua família, que veio ser companheira fiel de seu tio e padrinho, amiga de todas as horas de sua mãe e uma tia amada para você!
Salve Guga, eternamente!


Antes de desenvolver a técnica!

4 comentários:

  1. Não há nada a retificar neste post tão detalhado. È tudo verdade: as características e qualidades de Guga estão todas esmiuçadas com perfeição. Só faltou dizer, Dudu, que ela é a responsável pela existência do Amenidades, inclusive como forma de união e congraçamento entre os amigos. Além disso, ela produz as festas mais lindas ever, tudo de forma tão natural. Guga ainda é tão especial que para cessar seu "defeitinho" até desenvolveu a tecnica dita por Dudu: agora não precisamos mais passar dez minutos posando à espera dos olhos de Guga !! rsrsrs

    Guga querida, para você o MELHOR de TUDO SEMPRE.
    Você merece ! E que Deus lhe abençoe ! Beijosssss

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  2. Tava lendo seu post e comecei a chorar, os meninos olhando para o computador para ver o que eu estava lendo e começaram a rir de mim, e eu chorando, lendo e rindo... Obrigada, meu sobrinho querido, pelas palavras tão carinhosas, como é bom ser vista por esses seus olhos que me enxergam tão distorcidamente( para o bem )!! O que eu posso dizer é que só queria ser exatamente o que meus amigos pensam de mim rsrs!!Um grande beijo.

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  3. Lindas palavras, lindo post, linda Guga, como mãe de um Dudu, posso dizer que vocês são experts no quesito emoção. Amei a última foto, foram tantas com olhos fechados, e, como disse Rê, a gente lá, posando... mas com Guga por perto, isso também é sinônimo de diversão.

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  4. Dudu, que lindo!.. :)
    a saudade agora ta demais!..
    Guga, minha irma querida, te amo!
    beijos!

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