quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nota de repúdio e de tristeza

É fato que, já há algum tempo, após lutas hercúleas, nosso Estado tornou-se laico e passou a ser garantida a liberdade religiosa, a liberdade de crença. Isso é indubitável e talvez, até certo ponto, profícuo. Não figura, inobstante, como princípio de nossa Constituição, deste país, desta Nação, a imoralidade e o desrespeito, mas não é esta a realidade que vivenciamos.

Fui hoje novamente participar do novenário de Nossa Senhora do Carmo, na Igreja com o nome da Santa, no Centro da cidade, ao lado do Palácio do Bispo, novenário este que é uma tradição de mais de 760 anos no mundo e que, aqui em João Pessoa, fez 305 anos agora, em 2011.

Pois bem! Na data de hoje, na mesma hora, na praça da Igreja, em frente ao Palácio Episcopal, jovens e adultos, no mínimo, imorais, “organizaram” uma Rave, debaixo de umas tendas, ao som de músicas repugnantes e com a presença danças baixas, ambas dotadas da pior qualidade de promiscuidade.

Idosos, freiras, frades, padres, fiéis, devotos, crianças, cristãos, enfim, não conseguindo celebrar dignamente uma tradição de séculos, graças ao desrespeito afrontador e debochado de um bando de arruaceiros. Os ruídos e as batidas a toda hora atrapalhavam a solenidade e, ao sair da Igreja, ao fim da celebração, nós nos deparamos com um cenário de causar ojeriza a qualquer homem e a qualquer mulher dotados da menor integridade, respeito e moral.

“Tô com o cu pegando fogo, tô com o cu pegando fogo, to com o cu pegando fogo!” foi o refrão que, ao sair da Igreja, tivemos de ouvir em alto volume na voz de centenas de pessoas e em potentes caixas de som, ao mesmo tempo em que víamos homens e mulheres “dançando” de maneira despundonorosa, desrespeitosa, propícia a prostíbulos e ambientes do gênero, e, não, a uma praça pública, em frente a instituições religiosas! É inacreditável, revoltante!

Sou a favor da liberdade religiosa e da laicidade do Estado, mas, antes de tudo, sou um aguerrido defensor do RESPEITO! E o que aconteceu hoje, na Praça do Carmo, foi uma grandessíssima demonstração de profundo DESRESPEITO, acobertada pelo Poder Público, que fez vista grossa a uma porcalhada dessas!

Meu Deus, eu fico me perguntando: “A que ponto a humanidade vai chegar?”, “ Qual o futuro desta gente perdida, destes jovens desvirtuados?”, “Como podem as autoridades permitir esses absurdos?”, “Cadê o respeito e a moral, pelo amor de Deus?”

Está perto o tempo, meus irmãos, em que ser cristão será errado, em que Deus será visto como um palhaço, em que a Promiscuidade e o Desrespeito serão os ditames precípuos das Nações e em que todos os valores que um dia foram admirados e almejados sucumbirão em detrimento ao oposto do que apregoam...E neste tempo, quando a humanidade estiver totalmente perdida, há de chegar o Dia em que será feita a Justiça...Vigiai, minha gente, vigiai...E orai!

Não como cristão, não como católico, mas como homem e como cidadão, eu registro aqui minha revolta, minha tristeza e minha indignação com a irreverência, com o audacioso ataque à dignidade de fiéis e homens de bem e com a despiciente afronta à seriedade de uma instituição milenar!

“Tô com o cu pegando fogo...Venha apagar teu fogo na mangueira do negão”? Por fim, eu lhes pergunto: isso é música? Isso é humano? Isso é coisa de gente digna? Isso é coisa de gente respeitável? Não! Acertadamente eu respondo: isso é coisa de cafajeste, de bandido, de arruaceiro, de tolos, de iníquos e promíscuos!

Mas é essa, minha gente, a realidade! É a realidade para qual está caminhando a humanidade a passos largos, passando por cima de tudo, pisando todos!

.

2 comentários:

  1. Que horrível, Duds!! É realmente uma tristeza a falta de respeito e de decência que assola a nossa sociedade hoje em dia... Se cada um fizesse apenas a sua parte,soubesse o limite entre seus direitos e seus deveres, já seria grande coisa.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Guets...foi triste demais ver principalmente as velhinhas bem religiosas tendo que escutar aquele tipo de coisa...elas que viveram num tempo em que havia respeito, disciplina, em que o mundo ainda não estava tão perdido, em que não se confundia "liberdade" com "libertinagem".

    ResponderExcluir