sexta-feira, 26 de março de 2010

TER IRMÃO É BOM DEMAIS!


Seja biológico, adotivo, gêmeo ou até aquele amigo que vira um irmãozão, não importa. O que vale é incentivar a cumplicidade entre eles. A seguir, ideias de como fazer isso e histórias inspiradoras
Por Bruna Menegueço • Produção Astrid Van Rooy • Assistente Lyvia Sayão
Você mal-acabou de dar aquela bronca e fazer um discurso interminável dizendo que irmãos não devem ficar brigando e seus olhos já registram uma cena que seria improvável dois minutos atrás: eles estão gargalhando, brincando com os carrinhos antes alvos da disputa como se nada nunca tivesse acontecido. Por muitos anos, você vai se deparar com seus filhos correndo pela casa, disputando sua atenção, a última bolacha do pacote e até o controle remoto da televisão. Vai ser duro ver as discussões, ouvir os gritos, apartar as brigas, mas a recompensa virá quando você chegar em casa e encontrá-los brincando juntos ou ao perceber aquele olhar de cumplicidade entre eles quando fazem algo que não deveriam.
Se ter um irmão é um ensaio para a vida, é natural que haja altos e baixos. E há também espaço para uma variedade de sentimentos, da admiração à inveja. A convivência é uma oportunidade para errar, testar o limite do outro, aprender. Aprender a ter paciência, a admirar, a se frustrar e a amar. Esse, aliás, é o desejo de todos os pais em relação a seus filhos. É muito bom ver o mais velho ensinando o caçula a construir um castelo na areia, ouvir a turma dando aquela gargalhada em plena brincadeira, ou sentir, numa situação difícil para um, que o outro tem compaixão. E ver o quanto gostam de estar juntos.
Essa companhia tem muita função. Uma pesquisa da Universidade de Illinois, Estados Unidos, mostrou recentemente que a influência dos irmãos é tão importante quanto a dos pais, cada uma em um aspecto diferente. Segundo os cientistas, é com os irmãos que a criança tem mais chances de aprender a se socializar e enfrentar o mundo, enquanto os pais ficam com a tarefa de transmitir valores. Ou seja: no cotidiano, eles prestam atenção no que o outro está fazendo, na experiência vivida, no exemplo a ser seguido. Cabe aos pais a orientação mais ampla, a direção dos caminhos, formar caráter. E com o irmão, por exemplo, ele aprende a encarar melhor os primeiros dias na escola, a andar de bicicleta, a desenhar um cachorro “daquele” jeito... E não importa a ordem de nascimento: caçula, do meio ou primogênito, todos aprendem uns com os outros.

Um comentário:

  1. Eu li esta matéria na Crescer, vc viu que tem mais páginas, né!!Muito boa, mas ainda assim difícil de se colocar na prática!!!

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