terça-feira, 20 de outubro de 2009

Crítica: Bastardos Inglórios

Depois de escrever o último texto aqui no blog, venho publicar algo mais tangível: uma crítica de cinema, que nunca havia feito por aqui. Espero que lhes seja útil.
Ontem assisti ao filme “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, que fala de um assunto, eu diria, inacabável, que é a Segunda Guerra Mundial. O filme é bom. Eu diria que Tarantino é um Roberto Benigni (“A vida é Bela”, “O Tigre e a Neve”) de meia tigela, um Benigni das massas. Benigni, em “A Vida é Bela”, trabalha também a Segunda Guerra, mas de maneira graciosa, sensível, roubando-nos por vezes um sorriso. Quentin não tem sensibilidade alguma em seu filme, rouba-nos gargalhadas, é um tanto quanto acanalhado. Mas ambos têm em comum isso: tratar a desgraça com certa graça, um com sensibilidade, outro com sensibilidade de rinoceronte.
“Bastardos Inglórios” é o nome de um grupo antinazista americano que visa a aniquilar os nazistas da forma mais cruel possível. Seu líder é interpretado por Brad Pitt, que fez um típico americano, desprovido de qualquer capacidade para línguas e com um sotaque seboso. O filme toma palco na França; em Paris, predominantemente. Em linhas gerais, o enredo do filme é a tentativa dos inimigos dos nazistas de conseguirem sucesso num atentado em um cinema, numa noite que reunirá os ases do Terceiro Reich. Entre cenas fortíssimas, irônicas e cômicas, é mais uma vez contada a história infindável do episódio mais lamentável da história da humanidade: a Segunda Grande Guerra.

2 comentários: